domingo, julho 17, 2005

Toquem os sinos a rebate


Desde há uma dúzia de pares de anos, p’raí, os fogos florestais é que, desgraçadamente, têm marcado os nossos Verões. Podiam ser as festas de aldeia, podia ser a volta a Portugal, podiam ser as eleições, até podia ser um daqueles programas rascas da TVI. Mas não! Floresta a arder, gente desesperada, é essa, cada vez mais, a nossa imagem de marca do Verão. Dou comigo a matutar, com alguma aflição, se esta “rotina” não induziu já no nosso sub-consciente colectivo uma espécie de conformismo e, em consequência, uma tendência para a passividade e para a apatia perante um fenómeno, aparentemente inevitável.

Perguntas simples:

Porque é qu’arraio se registam tantos incêndios, todos os anos?

É ou não é possível parar isto?

Respostas complexas.
Neste texto, são identificados 3 processos que estarão na origem do fenómeno:

  1. Políticas rurais do Estado Novo
  2. Surto migratório das décadas de 60 e 70
  3. Políticas erráticas das últimas 3 décadas

O desenvolvimento do assunto a partir daqui dava uma tese de doutoramento.

Salta-se para duas ideias interessantes expressas no mesmo texto, assumidamente optimistas:

  1. O rural é o único sistema que se consegue autoregular à revelia do “regulador”
  2. Pressupõe-se a vontade de (cada um de nós, gente boa) participar nesse sistema de autoregulação, mesmo sabendo que o nosso tempo de acção é ínfimo.

Pode retirar-se daqui que os fogos florestais fazem parte do “mundo rural”, quer pelo lado do contributo que dão para a sua destruição (o desequilíbrio em curso), mas também pelo lado do contributo que dão para a sua autoregulação (o equilíbrio em construção). O aparente paradoxo esbate-se se pensarmos num “novo” mundo rural, com outra floresta (ou sem floresta). Quando? Parece que não há mesmo maneira de prever.

A nossa vontade de participar no movimento conducente ao novo equilíbrio está garantida (falo por todos, está bem?), e não! não nos conformamos.

Fica a faltar que os responsáveis deste país sejam gente boa (como nós), sintam o mundo rural e a floresta (como nós) e enfrentem, COMÉDADO, o ordenamento do território, e as políticas agrícola e florestal.

Que toquem os sinos a rebate em S. Bento.

9 comentários:

Anónimo disse...

Não sou "camone" nem emigrante. Apenas um gajo sem cooragem que chegou depois. Sem fogo na alma, sem complexos, de ter sido, não anti regime, mas sim "covarde", de não ir á "tropa", ( mas sim ser Kripto"? , na Tropa, Foi ele que disse...Aquela Chaimite vai-se chamar "Bula", vai lá vái é "presiso" "paciência" que ainda existe e agora "não se manifesta. Mas que na altura era tudo, éra com assento, tudo, menos ir, menos fugir, "foste" O catrino, é que foste, isso mesmo, que agora és ainda MELHOR, UM CIDADÃO sem eira nem beira, sem ideologia, sem, sentido, sem amigos, no Atáque Cardiaco, sem reza pra eternidade, sem acesso á zona vip, dessa mesma zona, onde eles rezam ainda melhor. Sim agora sou eu e não esse cobarde, cujo pais, não tem, mas apenas jura ao espanhol, mais mal encarado que lhe "aperaca", sim soi espanuel!

Anónimo disse...

Mais que tudo, já nada sai, tudo, é tão sério, tantos acentos, tanta coisa "esclarecida", tanta luz! Eu sei os acentos , nã o fui eu juro! mas sei lá estive lá sent´do. Até sei quem não foi "eu". EStamos a falar do caso lá do, na quele, periodo, estou á espera dos prof. De CB.

Anónimo disse...

Um dia, tinha que ser o primeiro!
Eu disse primeiro!
Mai nada , vá lá, já fui o 1 e e agora a sério, já não tou a gostar, tou sozinho ò quê? ài ninguem fala, meu Deus, Ninguem fala. Ô que é que eu fiz? Ò Furriel, sim, o vinho Èpa tá aqui na minha mão, já não me lembra<"va", leva lá. Obrigado. Tava a olhar pro sol. Deixa-te disso. O qeu? >Nós estamos bem. Não sei, eu não tou! vá lá estão a olhar pra ti! Eu sei, mas não tá facil, diz lá que vamos "avançar" dentro de meia hora. Mas ainda agora nos senta-mos, sim, tira o ifen e rebentamos todos. Vá lá "arranca-mos" DAQUI a dez minutos! Mas vamos morrer quase todos! sim tives"te" bem, quase todos. Mas nem todos, pode ser que escapes, vá diz lá dez minutos.

Anónimo disse...

O Governo do PS está a correr mal...o Torrão ainda se passa de novo para o PSD...

Anónimo disse...

Vamos lá com calma, ver primeiro a nossa virtude de ser Puros, ou não, de ser purisssimos, ou não. Claro que sim, esse puro, pronto, esse convicto, esse claro, esse, com príncipios ( no ínicio e no fìm )sempre lá. Sempre a regeitar o que não é natural, com convicções, sem, nunca ser Agarrado, a nada a não ser "Ideologias"Adoro seramigode gajos sem "Magua", que pelo contrário, se respeitam e de alguma forma se admiram, agora só pro Karraio, que eu próprio "admiro" fico contente por seres assim, não me "Diziluzes" nem me irritas muito. És o único que me obriga a acentar. És coerente, ves sem acentos. Basta ser convicto, e acreditar que o Alentejo "Ade" ser nosso". ( esta parte final era uma piada. ). O Mundo é pequeno, mas a vida ainda mais, assim sendo sou dos poucos que se pode dar ao luxo de poder escrever, que tenho um entre outros amigos, poucos, que tem "Princípios" Obrigado por sermos amigos Kunrraio.

Anónimo disse...

tinha uma dezena de anos quando vi o meu primeiro "fogo" ao vivo, fiquei sem saber como reagir, não me deu vontade de rir, nem de chorar, só pensava como é que estas coisas acontecem... mas a imagem que ainda hoje guardo(e já lá vão muitas dezenas de anos) é do olhar dos meus vizinhos e amigos, eu pensei que eles não estavam a ver um fogo, as chamas a consumir árvores.... eles apreciavam aquele cenário como algo de belo....e fui para casa a chorar por todas aquelas árvores que não podiam fugir.... o homem descobriu o fogo mas esqueceu-se de qualquer coisa!

Anónimo disse...

Foi duro. Foi lindo, foi sentido, esse mundo por causa de nós, muitos, não existe, queres casar comigo! és boa rapariga, linda e suave.

Anónimo disse...

Finalmente, tudo faz sentido. meu amigo Lapaxeeiro, desculpa o e a mais, mas és tu, um abraço, grande. Melhor lugar para a tua Tese, bem merecida, não poderias encontrar. Obrigado por teres escolhido este lugar, onde tenho, acho, 1% da verdade, o que é muito quando se trata de nós! Quem sente o que tu sentes, quando escreve, aquilo que escreve, só pode ser um bom Pai e profissionalmente um bom "Chefe"! E ao mesmo tempo alguem apaixonado.

Anónimo disse...

Só um reparo Antropológico para a excelente xendro. devias ter escrito homem com letra grande, Não há provas cientificas de que tenha sido um homem, só de que foi o Homem, quem os bota infelismente é mesmo o Homem!