sábado, abril 30, 2005

quinta-feira, abril 28, 2005

KARRAIO!?

Com início...agora, passo a apresentar alguns dos vocábulos mais interessantes da gíria e do calão populares que soi usar-se aqui à volta da Baságueda.

Pode ser que apareça alguém a contribuir e vá ajudando na lista.

Começo, obviamente, por "Karraio!?", com ponto de exclamação e de interrogação, como me parece adequado, porque é usado em situações em que um baságuedo sente necessidade de "exclamar" a sua estupefacção perante algo estranho.

Por exemplo: um não baságuedo aparece a descer a Baságueda numa prancha de windsurf. Qualquer baságuedo terá toda a legitimidade para exclamar: Karraio!?

Ou então, o baságuedo fulano de tal, detentor de um razoável estatuto social acumulado ao longo de 3 décadas, aparece no café a empurrar um carrinho de bébé. Ouvido o característico berrar, acode apressado o nosso baságuedo fulano de tal e eis que levanta docemente nos seus braços um lindo menino da cor do chocolate negro. Colectivamente, os 12 baságuedos presentes não conseguirão evitar um calado "Karraio!?

"Karraio!?", à primeira, parece poder traduzir-se por "Que raio!?"

Mas karraio está ali a palavra raio a fazer? É para disfarçar "merda", "porra", "caralho"? Karraio tem a palavra raio a ver com merda?, ou com porra?, ou com caralho?

segunda-feira, abril 25, 2005

sexta-feira, abril 22, 2005

illuminati

Diz a Srª vereadora da cultura da CM Penamacor, na agenda cultural:
"Que ninguém se iluda: mudar este concelho não é tarefa de uns quantos iluminados, tão pouco do poder rebocador da Autarquia. A verdadeira mudança é a que resulta da atitude das pessoas..."

Pressupondo que a Senhora Vereadora pressupõe a mudança com uma atitude que não fique inalterada, quererá a Senhora Vereadora dizer que a mudança resulta da mudança de atitude. E que a verdadeira mudança pressupõe verdadeira mudança de atitude, que em si, também tem de ser verdadeira. E, obviamente, a mudança de atitude envolve os iluminados, que têm de iluminar mais e melhor; e a Autarquia cujo poder rebocador tem de ser mais forte.
A mudança, então, só lá vai com mais volts e mais cavalos. Com mais Potência, portanto. Potência requer combustível. Comida é combustível. Feira gastronómica tem comida.
Vamos todos enfardar que nem cardeais e vamos lá mudar este concelho, carago!
Considero isto uma verdadeira mudança de atitude.

quarta-feira, abril 20, 2005

gastrofeira

No próximo fim de semana, 23, 24 e 25 do corrente, Feira Gastronómica em Penamacor. Já agucei a minha navalhinha.
As feiras gastronómicas podem ser vistas de 2 perspectivas:
1. Trata-se de um evento que visa a promoção dos recursos gastronómicos concelhios, com rigoroso respeito pelos sabores e saberes característicos, sem grandes concessões a sabores e saberes de outras regiões. Privilegia-se a autenticidade do que é nosso, refinam-se os métodos de confecção dos produtos, trabalha-se a apresentação, divulgam-se os artistas do bom garfo, etc
2. Trata-se de um evento onde se pode provar, de preferência à borla, um conjunto indiscreminado de produtos cuja raíz local tem apenas a ver com o sítio onde foi confeccionado, métodos de confecção plagiados... mas agradáveis ao paladar e ao olho.
A minha navalhinha está pronta para qualquer um dos cenários.

sábado, abril 16, 2005

Tabu

Jornal do Fundão de 15/04/2005, entrevista ao novo líder da distrital do PSD, Carlos S. Martinho, últimas linhas:

JF: E Penamacor?
CSM: Domingos Torrão tem um compromisso com o PSD. Não sei se já foi aliciado, mas acredito que mantenha a sua palavra e honre o compromisso.

"compromisso", "palavra", honra": a política é do catano!
Claro que havemos de gostar de saber se Domingos Torrão vai nisso.
Antigamente, era o Cavaco, há dias era o Santana.
O que é que D. Torrão é a menos que esses gajos para não poder ter também o seu tabuzinho?

segunda-feira, abril 11, 2005

Centro de Saúde

O Jorge Sanches, no penamacor (link aqui ao lado, porque ainda não aprendi o truque) atira com o tema da abertura do Centro de Saúde de Penamacor 24 horas e questiona se terá valido a pena, e quem deve pagar o encargo (é mais ou menos isto que ele quer dizer).
Se não considerarmos a segunda questão (quem paga), e levarmos em linha de conta que estamos a falar de um serviço de saúde que possibilita à população de Penamacor (e não só) assistência médica ininterruptamente, não descortino qualquer argumento em desfavor. Toda a população mundial deveria poder usufruir de um serviço destes. Como tal não é possível, porque os americanos não concordariam, então, que se mantenha em Penamacor, onde o Bush é outro.
Quanto à questão de quem paga, aí, pia mais fino.
Eu desconfio que o então candidato e actual presidente da edilidade, quando concebeu a ideia de lançar a promessa na campanha, fê-lo com consciência clara de que se tratava de um (de outros) argumento demagógico e populista. Quem se atreveria a contestar, a criticar, a discordar de uma medida destas? Os tolos do Partido Socialista? Que se atrevessem...
Deu os seus frutos, quer dizer, os seus votitos, que isso é que interessava, de imediato, depois logo se via.
Mas desconfio também que a ideia era ( e é) passar o encargo para a Administração Central. Nem pode ser de outra maneira. Desconheço qual é o encargo anual, mas desconfio (hum! não serão desconfianças a mais?) que é para cima de muito, incomportável, a prazo, pelos cofres municipais, os quais, segundo consta, estão levezinhos (tanta virgula!ah! andei a ler o Artur Portela).
A coisa, desconfio (pronto!, já agora permito-me abusar), até era capaz de ir mais ou menos bem encaminhada: substituição do A4 que desafinava um bocado na mesa da Assembleia, por um ilustre amigo do Santana, e tal, influências, compromissos, eu dou-te uma recandidatura pelo PSD, e tu dás-me aí umas coisitas, pode ser uma ajudinha na questão do Centro de Saúde e tal...
Se assim fosse, e nada garante que tenha sido, a escrita começou a ficar borrada a partir de Dezembro pp. Ficou tudo ludro ali nos finais de Fevereiro. Agora, há-de ser preciso vender o burro a outro cigano.
Portanto, para já, aguenta-se o barco com as finanças locais. Como o ovo deve lá estar no cú da galinha, que é como quem diz, faz-se mais um mandato de certezinha, temos tempo para resolver o problema, porque é evidente que têm de ser os gajos lá das saúdes a pagar.
Em suma, Centro de Saúde 24 horas, não pares , não pares...

sábado, abril 09, 2005

Bocesso

Bocesso, que é como quem diz, Bom Sucesso, obviamente, Nossa Senhora do Bom Sucesso.
Domingo, 10 do corrente do corrente lá irei, atravessando a Baságueda, e é logo ali.
Programa:
10:00 - Estacionar junto de uma azinheira por forma a deixar campo mesmo por baixo da mesma, por via da sombra;
10:30 - Ronda pelas tendas à cata das pechinchas - se algum cigano me falar em espanhol deverei responder: "hoder! Me cago en las putas de Salamanca!porque no me hablas en lusitano, coño!"
10:45 - Constatação (idêntica à de anos anteriores) que o melhor é abancar na cadeirinha dos piqueniques, seleccionar o cd dos Pogues e agarrar na Visão.
10:50 - Concluído o anterior, acrescido da incumbência de deitar o olho à garotita, enquanto o mulherio regressa ao revolteio dos ciganos trapos.
11:06 - Beber tintinho mais ovo verde mais pastel de bacalhau no farnel vizinho (sempre com o olho na garota).
11:28 - Retribuição. Mais um tintinho, um rissol e outro ovo verde.
11:49 - Discussão familiar: almoçamos antes ou depois da missa?
12:10 - Boa argumentação e democracia dão-me a vitória: primeiro, almocinho. A fé é mais forte com o estomago cheio.
13:00 - Após cafezinho e trebentina, só novamente mais a piquena, voltamos à Visão, seleccionando agora o cd dos Jethro Tull. A concorrência do Senhor Prior não atrapalha muito.
14:00 - 17:00 - visitas recíprocas a vários farneis
17:16 - Foi bonita a festa, pá
Bocesso para ti, também.

terça-feira, abril 05, 2005

Editorial

A ribeira da Baságueda nasce na Malcata, corre para o meio dia e entrega as suas águas ao Erges que as passa ao Tejo. Percorre um boa parte do território do concelho de Penamacor mais interessantes e bonitas. A probabilidade de encontrar alguém é diminuta, o que significa que se pode fazer uma mijinha virado para qualquer lado.
A Leste, España, à distância de dois saltos.
Não vamos lá, hoje.
Ficamos por cá, por este concelho de Penamacor.
É dele, principalmente, que tratará este blogue.

Genesis

Porque m'alembrei
porque hoje é segunda
porque um gajo também tem necessidades de escrever
porque um gajo também tem necessidades de pensar
porque, prontos! esta merda dos blogues parece que tá a dar
porque já plantei uma árvore
porque já fiz um filho
porque sim,
este blog nasceu hoje