domingo, outubro 29, 2006

A NOSSA FALA LXIX - (A)REPELINDO

Namorar no antigo regime não era nada fácil, às vezes era quase tão perigoso como dizer mal do Salazar. Que o diga o Tonho Jaja Nova, moço humilde e de posição social modesta, que bem mereceu a vitória da conquista da sua C’ceição.

O processo de escolha do cônjuge era moroso e delicado porque havia que enfrentar e vencer vários adversários: a resistência da donzela, a desconfiança do pai e da mãe (não necessariamente por esta ordem), a concorrência dos pares (proporcional aos atributos físicos, patrimoniais e sociais da donzela), e os tabus de todos (este todos quer designar o “povo”) que fazia questão de exigir ao mancebo prova da sua seriedade.

C’ceição, filha de Xquim Choças e de Strudes Forca dos Ratos era moça bela, com tudo no sítio, bem colocado e distribuído nas medidas e proporções adequadas. Também era arisca como lhe ensinou a mãe, mulher pequena e redonda, de bigode fino e língua afiada para a maledicência, malina em pensamento e acções, autoridade máxima e incontestada da casa. Xquim choças, homem seco de carnes, há muito que se tinha vergado ao regime que a mulher impunha, respondendo com o refúgio na quinta na Lameira da Pinta, complementado na borracheira dominical na Tasca do Fatela, assumindo o sermão certo da ceia que nesse dia nunca tomava. Mais tarde, fechada a tasca do Fatela (e as outras também) mudou-se para o café da Rosa, com quem fez um trato: ela tinha de lhe servir o vinho em chávena de café. Chegava a tomar 20 cafés numa tarde. Mas voltemos à questão dos namoricos no antigo regime.

A coisa começava por fazer várias aproximações exploratórias à donzela, habitualmente no balho do domingo. Tonho Jaja Nova passava a semana repelindo que chegasse o dia para poder estar junto da amada. Logo que se armava o balharico, posicionava-se estrategicamente nas proximidades da C’Ceição para ser o primeiro a pedir-lhe a dança, mal o Ti Mnel Ceguinho arranhava as primeiras notas na concertina. Na corrida estavam vários abutres como o Xico Catorze, o Jorge Pirolito e o Luís Varinha d’Arado. A este último chegou a partir o nariz numa bulha de final de balho, porque o outro lhe atirou que ele não era homem para a C’Ceição: “mas sou homem p’ra ti ó paspalho”.

Feitas as primeiras aproximações, punha-se em marcha uma estratégia de publicidade da imagem junto do progenitor a quem, como quem não quer a coisa, se pagava um copito na tasca do Fatela, e junto da progenitora, a quem, como quem não quer a coisa, se informava que se ela não tivesse lá couves para pôr, ele arranjava-lhas, penca de chaves, bacalã ou de sete semanas, “como vomecêi quizer, ó Ti Strudes”. Em complemento, recorria-se a informadores privilegiados a quem se encarregavam de fazer chegar cartas (verbais) de recomendação (“o Tonho é bom moço, é poi, sério e trabalhador, inda no outro domingo o vi eu a esborralhar a vinha do pai, e deu conta dela sozinho”.

À donzela competia resistir aos avanços do mancebo, mais nas primeiras tentativas, reduzindo gradualmente ao longo dos 4 ou 5 meses que levava o rapaz a arranjar coragem para lhe pedir namoro. A fase seguinte, igualmente delicada, era o pedido de autorização ao progenitor, que era preciso enfrentar esperando que o investimento dos copitos na tasca do Fatela tivesse o seu retorno: “Olhe lá T’Xquim, vocemessêi sabe qu’ê gosto da su C’ceição, e atão ê queria-lhe pedir qu’ma deixasse namorar cá in casa. Ande qu’ê no stou cá pa brincadêras… ”. O deferimento havia de vir, naturalmente, da Ti Strudes, sensibilizada com as couves penca de chaves, e com a novidade que eram as sementes de courgetes que o Tonho lhe havia oferecido. Mas isso não a inibiu de proferir com ar sério e ríspido: “ôlhér quê no quero cá poucas vergonhas! Bem...”

A noite de 4ª feira era oficialmente dedicada ao cortejo, tirando, claro, os balhos do domingo à noite. A censura, personificada na Ti Strudes, posicionava-se na cozinha, atenta ao que se passava na sala, onde Tonho e C'Ceição se enfrentavam de cada lado da mesa de jantar tapada por uma toalha de linho bordada à mão e jarro de flores ao centro, sentados em cadeiras de verga. Nas primeiras vezes, olhavam-se timidamente. Às vezes também conversavam. O tempo que estava a fazer e que iria fazer e seus efeitos na agricultura era tema recorrente. Em alternativa, havia o sempre fértil e inesgotável tema da vida na aldeia.

A medo, entrelaçavam as mãos. Não se usava ainda o cruzamento terno de olhares e a expressão “tens uns olhos tão lindos!”. Fora de questão estava encostar lábios e roçar línguas, muito menos apalpar fosse o que fosse… A prevaricação corria o risco de ser sancionada por descompostura da matriarca “Pscht! Ó meninos qu’arraio de pouca vergonha é essa?, tâmazi?”, ou à desaprovação social, com terríveis consequências no mercado de escolha do cônjuge.. A paixão tinha de ser reprimida, o amor tinha de ser martelado.

Era o tempo da sardinha para três, do trabalho de sol a sol, das cantorias no trabalho, das excursões de burro à festa da ribeira (da Baságueda, claro), do andar descalço porque as botas eram caras. Naquela fase inicial em que o Tonho se propôs a si próprio conquistar a C’ceição, o balho de domingo, já se disse, era um momento ansiosamente aguardado e crucial da estratégia. A ansiedade era acompanhada por uma sensação de desespero quando o pai do Tonho demorava a ir para a cama. É que o Tonho precisava das botas do velhote. Por isso, acabada a ceia, estava sempre (a)repelindo de ouvir o ronco a entrar em velocidade de cruzeiro para surripiar as botas que o seu austero progenitor arrumava debaixo da cadeira de verga que servia de mesa de cabeceira. Depois, apresentava-se orgulhosamente no balho com umas botas impecavelmente ensebadas. Claro que, antes de as recolocar no mesmo sítio, tinha o cuidado de lhe passar o sebo novamente. Tudo corria bem, até que o pai, um dia, se deu conta de que o tacão estava exageradamente gasto de um lado e que, estranhamente, as botas já precisavam outra vez de ir ao Guerrilhas sapateiro, para meias solas. No domingo seguinte, o Tonho confirmou que o amor é mesmo sacrifício: aguentou sem um gemido as vergastadas que o pai lhe aplicou com a correia de cabedal, bem como cumpriu à risca o castigo de esborralhar a vinha da saramaga, durante o dia de domingo. Não seria por via dessas minudências que a C’ceição não havia de ser sua. E veio a ser.

Estava o mesmo século a acabar, a neta do Jaja Nova, 18 anos, andava repelinda de se entregar ao neto do Varinha d’Arado, 19 anos, moço esbelto de olhos verdes, sempre de cabelo propositadamente desarranjado à conta de uma mão cheia de gel. Era Sábado, estavam ambos no café, juntamente com os outros jovens, enfadados de não haver espaços de animação na aldeia nem à volta. Discretamente, mandou-lhe um sms:“But’aí curtir?” Recebeu um sms dele com a resposta: “ya, bute”. Sairam para a esplanada, olharam-se ternamente nos olhos, ela disse-lhe “Tens uns olhos bué da lindos”, beijaram-se na boca com paixão, apalparam-se… ninguém os incomodou.

24 comentários:

Anónimo disse...

Aquase que parece um daqueles documentários da nacional geográfica. Instalaram uma câmara de fazer filmes no habitat de uma espécie bué da interessante e ficaram a acompanhar a vida da comunidade em análise!? É bué da giro este programa!

Anónimo disse...

Tipo, Irão, falasse, de tudo, que até entrelassa com o noivo, as mãos, lá em casa da noiva, tipo Irão, falar da noiva é que não, coitada, foi obrigada a ficar com um cristão leigo ela que se apaixonou logo por ele um cristão de beirute. Eles entenderam a piada, digo eu. São pra mim só um e isso diz tudo. Mas o Karraio é sempre essa conversa, maís pessoal, essa coisa que eu conheco, tipo, viver cá e esperar pelo fim de semana á espera do mundo. Tipo meia hora de conversa por entre o King. Sempre alguem a mandar a gente jogar e nós a falar nesse "entrevalo" de quem embaralha e de quem dá, á espera de mais dois minutos de conversa, falo por mim, mas sei que tambem falo por ele. Isso é apenas isso amizade. Eu ás vezes koio, ele não é cristão, gajo p´ra min preta, mais difcil. Mas eu só mantenho este tipo de amizades, aquelas, a quem devo, mas que tambem me devem, isso a minha pura amizade, os amigos verdadeiros, são amigos, porque gostam de se ouvir mutuamente, tem dias pros dois, os meus irmãos são parecidos, por isso mesmo, todos temos tempo, pra nos ouvir uns aos outros e partilhar amizade. Pura. O luis Pombo tambem faz parte deste meu grupo. Se os meus amigos vivessem neste blog, o lapaxeiro tambem, mas ele é só um amigo ou conhecido deste blog, por quem sempre tive uma grande estima, muito especial. Um dia desconfio ainda vai ser um grande amigo. A não ser que eu consiga mesmo tornar-me imortal, e passe a ter menos medo da morte do que ele. Não sei se ele tem, eu só consigo pensar onze segundos, no meu fim sem me sentir sem gritar, tu não sei. Agora se este blog, durar mais trinta anos, vais ter tempo pra me explicar este meu problema existêncial.

Anónimo disse...

Apanho sempre isto na remodelação em ingl~es, a quem dou um com. de borla, fico sempre pela metade, raramente, tenho tempo de dizer aquilo que quero, mais ainda puder explicar, de forma a que as coisas tenham algum sentido. Mas bem isso já existia Há 50 anos. E eu não me irrito, pois, já sei o que foi uma sardinha por três, ouvi dizer. Eu já sei á muito tempo, que embora, os meus seis anos no 25 de Abril, vou ter que apanhar com eles até o resto da minha vida, quer eu queira ou não. Tambem sei, que somos um pais em transformação. Tambem sei o que custa, esse estigma, miserav´el, de quem foi militar depois do 25 abril. tambem sei que somos um pais de saudosistas, todos a culpar todos. tambem sei que somos um pais de grandes politicos, mas um pais fraco por via disso. Mas ainda, somos tão tristes. Nós ainda vivemos no pais do meu Amado Salgueiro maia e companhia. Vendemos Rosas. Os Espanhóis, não foi necessário, Chaimites? nem G3, nem cravos. Ser´´a por isso que estão piores?"!! Ser´a que não foi necessário, viver estes trinta anos, que parece não terem fim.

Anónimo disse...

O meu ante, ante com, falava do previlégio,( parece-me ) palavra com direito a acento. Do facto do meu melhor amigo ser Ateu. Passamos os dias, quem os tem, a discutir, se somos Espanhois ou não, tão depressa se larga a canga, tão rapido se sente o desejo, nós somos Portugueses,com sentimento. Eu já vi pessoas com mais dificuldade, a escrever PORTUGUESES, com alma. Porque ter um destino não é crime ainda. Mas não ter destino há trinta anos era. O meu é morrer Portugues, o vosso não sei.

Anónimo disse...

Ò Karraio de sorte a tua, de teres que ser parecido, com quem não és.( Gosto tanto desse puro e original amigo ) Falo daquele com. Que o ingl~es, comeu, em que eu falava do meu melhor amigo, esse meu irmão Ateu. Que andou comigo naquela serie dos pequenos vagabundos. Aquela serie, onde nunca se descobria o ouro. E a gente via já com televisão, lá na "sala" o nosso Clube lá onde a gente morava. Que parece já não existe outra vez, ouvi ontem sem saber, que já não fazia parte, digo eu, pois ouvi dizer por terceiros que já não havia comissão. Não condeno o rapaz. DE duas vezes, desviou pra mim essa responsabilidade, da primeira, foste responsável, da segunda, não vi vontade. Pra mim acabou esse sonho nessa responsabilidade, Que Eu gostava de ter assumido. NUNCA MAIS. Os Americanos o quê? Só se formos envadidos pelos espanhóis e eu andar cocho com duas, canadianas, anti crómonoeles pró palopes, de Santa Catarina e olhos azuis.

Anónimo disse...

Gosto de ver os meus verdadeiros amigos, a largar o fel, sendo isso a maior das verdades, dá gozo. Saber que agua dura, pois este é o estado da coisa. Como eu te dou razão, nem com uma dose continuada de king, ninguem tem assim tanta capacidade. Eu assino por baixo. Já todos os doutos, sabem ver a diferença? Já não há paris, nem cousa, que o valha. O mundo nunca volta. Ninguem volta. Eu sou aquilo que se chama uma fraude. Sinto-me a verdadeira fraude em pessoa. Verdade. Mas atão, que fazer. O meu mundo, na verdade, não é só meu, devo estes vaipes, a outros, estes momentos nunca são só meus, e isso tranforma tudo, tipo não sejas igoista nesse teu choro de puto. Na verdade adoro esta palavra, não mais do que ninguem, só queria dizer que gosto muito deste meu esquema, eu proprio fiquei convencido. Certo, vou acabar a casa. O que é que a Gadanha acha?

Anónimo disse...

Atcha bem, poi. E no fim venha o petisco da inauguração. Eu ponho as pataniscas e cozinho o camarão. Quem traz o vinho e os peixinhos da horta?

Anónimo disse...

Os peixinhos da horta, trazem os Americanos.

Anónimo disse...

SE fosse os Americanos é que trazem os peixinhos, é que era certo, o convite, assim tive bem, de maneiras, que naquilo que é meu só entra quem eu quizer. Logo se souberem nadar, são bem vindos. veio sem ifen, por via das outras linguas.

Anónimo disse...

Há pessoas que nunca mudam, essa porra, doi. Como será possivel, será que nasceram assim. Já há tão pouca gente assim. Já não existe isso em lado nenhum. Posso ainda dizer, Que sou um gajo previlegiado, com a certeza de nunca ninguem fez tantas leituras de silabas como hoje. Tão pouca gente assim, quer dizer pessoas, boas e puras, sempre boas e puras. Há esse fado manhoso o tempo, que apaga uma parte, a escolha abitual, nessa parte que me toca, é a mesma de sempre, só uma que uma estrela vermelha vai trazer. A amizade, que não foi inventada pelos comunistas, mais o nosso "gorbachof"?! Que foi o licas. Serve isto pra dizer, que eu sou contra a legalização do aborto, pelo menos nas primeiras, 10 mil novecentas e noventa semanas.

Anónimo disse...

Eis o Maravilhoso Fenix, no seu melhor. Se ele há coisas que me deixam mais conformado, com o destino, coisa que nunca pedi, algo em que não acredito, pelo menos da forma tradicional ou seja, sem a nossa mão ao comando, será certamente, dizia, este consolo de saber que na verdade ler estes novos textos do amigo Lapaxeiro, me enchem, o meu bom espirito, me fazem abanar a cabeça de forma afirmativa, na senda da boa disposição e de que afinal se retoma a "dialectica", que aponta para a possibilidade de o Mundo ás paginas tantas ser mesmo redondo.

O amor hoje em dia, é algo que arde e se vê, sente-se mas não doi. Será por ventura aqui que a falta de gelo, nos polos, nos questiona? Será mesmo redondo. Sinto-me cheio de vontade pra dizer que sim, sem sombra de dúvida.

Anónimo disse...

Se este mundo me irrita porfundamente, isso acontece em momentos como este. Está tudo bem, tudo corre como previsto. Valha-me a chuva, pra não ter que desconfiar de mim pr´prio, mesmo assim, será que os bichos da seda, comem alface? Ou isso será as aranhas que tecem fios? E porque é que tecem alfaces presas por fios de seda? Ficamos assim sem mais assunto, lembrei-me agora de que não deixei a chaleira ao lume, logo, não faço ideia se era de Alecrim ou Manjerona.

Anónimo disse...

Vale dizer que na verdade, hoje acordei cedo, sem necessidade, tipo meio dia, amanhã vou dormir a essa hora, no entanto, continua a ser o fuso horário o responsável por todos os meus males, tipo eu dizer isto, e as pessoas pensarem aquilo. Hoje chatiei-me de morte com o Koia, vai ser, coisa pra muito tempo, porque eu já não posso mais. Claro que "permito" dou azo, deixo esticar a corda, depois tudo fica claro. Mais um pouquinho de tristeza. Mas tem que ser. Se não não saimos do buraco. Vale isto pra dizer que ás vezes, bastam duas linhas tuas, Amigo Lapaxeiro, pra eu ficar calmo e pronto. Mas na verdade hoje ele foi longe demais, tipo, emagina, logo necessito de muitas muitas mesmo muitas muitas linhas, kassenão, nunca mais lhe falo, tipo eu não sou como ele, que não fala, pro tó, mas tem o descaramento, de ir lá aos petiscos á quinta dele, lá com ele, como é que é possivel. Eu ás vezes uso o meu dom oratório, tipo pra convencer esse amigo especial, não não é o Pombo é o Karraio, esse gajo, talvez por ser mais kota, ou por já ter sido politico ou por estar casado com a minha melhor amiga, è esse tipo que eu já tentei convencer N vezes, nunca consegui isso como, o meu irmão, lembras-te, Karraio, não foi á despedida dele. Não te convenci o meu irmão já gostou menos e agora dasse isto. - O giro é saber aquilo que provocou este assunto, um outro rapaz, por via da conversa, jogava ao King tambem e disse-lhe que tinha já muitos tiques do futuro sogro, todos eles, pró futuro. Cága nisso. O outro deve estar a defender, a continuação, tipo Alberto joão, nunca me enganou verdadeiramente. È o único ~gajo que se parece com o irmão, tipo a coisa não muda muito, é o único que tem a mãe que merece é o unico que não muda, que não sabe mudar~, Não quer, assim sendo. Ainda há gajos na Aldeia que podem matar pessoas, tipo eu. Verdade, tenho que pedir ajuda ao Lapaxeiro e olha amigo ainda não estou em Timor, é mesmo na Aldeia. Quando disse tipo eu, era tipo eu como sendo eu o alvo, á pois é. Isto é tipo aquela cena, vamos com calma, depois logo falamos sobre isso.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Aquilo que o rapazinho foi está aqui a minha mulher, quando é que vamos casar? Daqui a dez anos? E depois os filhos, o melhor do mundo. Já não podemos ter, não arrisques, pensei, talvez a saudade, nos faça arriscar. Não cheguei, a ter o equivalente, a um mês de férias na Aldeia, pois ainda antes de partir. Isto foi neste mês, eu ia embora em fevereiro, nem uma semana, depois já a advogada da " internacional" me "telefo"nafa", tipo então sim ou não. Foram nove anos. E atão não há bruxas. Vai lá vai, na sendo eu Zangão, já estava era a fazer tejolo. Assim, vendo lágrimas gota a gota, sempre ainda com a ideia, de um dia ser feliz.

Anónimo disse...

Cada um diz aqquilo que quer, sem qu~es. Só acho piada a uma coisa, gostaria de saber, trabalho do Informatico, não gosta do nome Engenheiro, Qual o Post, mais lido nestes últimos trinta dias. A contar de antes de hontem. E qual o mais lido nos últimos dez dias. Falo de Post´s. Melhor ainda, falo deste Blog, não das conversas, via tmn, que fui obrigado a ouvir, tipo, nós somos isso e tu foste obrigado a ouvir, porque achamos que isso ia resultar em mais uma piada nossa. Rimos Bué, não gostaste, azar, tu não existes, no entanto, pra piada resultar em gargalhada, tinhas que ser mesmo tu. Obrigado, pela vossa piada, eu não ia a conduzir, tive 05.02 minutos a rir, eu é que sei.

Anónimo disse...

Xenofobia, senti eu e o puto, mormente essa beleza de ser migrante, xenofobia a dar cum pau. Ainda hoje não sou de cá dizem e bem. Vim com dezoito anos pra cá, foi mais facil na altura, quaze, do que agora. Nesse tempo apaixonei-me, quando descobri que era racista pela Amália de penamacor, ganda ajuda aquelas cartas, sempre giras, isto aquelas, que ela me escrevia, na altura já pra Santarem. Que já não leio á uns tempos. Serve isto pra dizer, que o mundo é redondo. Tipo este mundo Está cheio de Xenofobia e Racismo, mas eu não sei. Não não quero esse sorriso, quero ser tratado com o respeito que tenho por mim. O respeito que vive dentro de mim e que todos os dias tenho que por á prova.

Anónimo disse...

Começa sempre com a salvação, acrescido da situação da pessoa, que pode ser desde o se quizer pode-se sentar, (Nas linguas disponiveis) até ao indicador direito a apontar pra cadeira, começa aqui a coisa, quantos micro segundos esse apontar, esticasse o indicador ou não. Olhas ao mesmo tempo que apontas, olhas antes ou depois. È um desses doutores miseráveis, de leste que vós conheceis, tipo coitados, ou um rapaz da Libéria com 17 anos, que não come há uma semana, que já não tem familia e que fugio há uma semana dos senhores da guerra. Não sejas parvo ó pratitamem. Esse basta que olhes pra ele pra que ele se deite. Ainda estamos a falar de pessoas ou não. Claro que não, estou eu a falar dos olhos pretos e vermelhos, que julgo poder acalmar. Aqueles que me olham nos olhos, com olhos desesperados durante mais tempo do que eu aguento.

Anónimo disse...

Depois, não sinto grande necessidade, de ser diferente daquilo que sou, mormente o local e os colegas, graças a deus, há uma liberdade muito grande, para cada um consolar da forma que quer, nunca ninguem levou uma boca de outro colega, por ser humano. Ainda é o melhor, somos quaze todos daqueles parvos que eram de esquerda, mas os poucos que foram de direita, são tão ou mais sensiveis, apanham com o stress de guerra dos cotas. Acho piada a uma coisa que fui eu inventei. Ou seja todos os kotas, na maioria pessoas sem instrução, que sofrem de stress de guerra verdadeiramente, embora alguns papalves, gozem o assunto, dizia, curiosamente, todos eles tiveram a coragem de não fugir, mas todos eles eram contra essa guerra. Há quem tenha estado lá e não tenha stress. Mas terá por ventura, sobreviver apenas tambem. Demorei a entender o meu colega e o terrivel stress, que o pai tem, agora quem tá desesperado é o gajo, filho único. Tenho que melhorar o meu apoio, verdade. Ele merece. Ainda por cima apesar de ser do sporting, ás vezes consegue, ser mais sensivel do que eu, lá pro assunto.

Anónimo disse...

Verdade, verdadinha, tem dias, em que eu sinto, estás a ficar quaze bom. Nunca foi gajo de se passar, nem pouco mais ó menos, Eu era o responsável, mas não é o caso, ele é quaze boa pessoa. Manhosos estes jornais, no que diz respeito a tudo, menos esse bafiu a Benfica, que parece nasceu com ele junto com esse bafo, cuja bandeira tem na varanda de casa dos cotas, são sete anos da minha vida, entre algumas maguas, mas na verdade, é alguem com quem nunca vou desaprender, pelo contrário, Tenho com ele assuntos, muito secretos. muito bons. Aquele que mais gostei, nestes anos todos, teres convencido o je, sobre o teu partido de direita. E depois teres eu deixado "convencerte", sobre esse meu de esquerda. Parece o paraiso, Ele é do Sporting eu do Benfica. Na Politica, sempre falamos, no resto não. Tenho agora, muito mais de direita, tipo, na mesma dose, como ele se sente de esquerda. Isso é pra mim a minha vida quaze toda, até agora. Ninguem evolue, da direita, pra esquerda, QUE EU SAIBA. No entanto eu não sou de nenhuma, foi esse o acordo. Logo já não é de direita, Acho que é livre como eu, julgo que já não tem lá a bandeira do...Claro que não. Tipo ou Tem os dois cousas parecidas.-. Ficas na quela, não vale a pena falar de politica. Depois como é que se pode ser politico na Aldeia do Bispo, se ele há bolsas de espera. Se ele há bolsas, que hajem em momentos, próprios, sempre quando a democracia tenta agir, Essas bolsas, do ... ou de outro qualquer, que a saude democratica, torna, nesse paraiso, Romeno, que me faz lembrar o 25 de abril. Entre tudo e esse final de Novembro. Somos mesmo Isso aquele pais pequeno, que não defende nada. Nem a sua "integridade". Tipo uma televisão, espanhola a dar uma noticia, tipo 20% dos espaholes querem ser Portugueses. Nosso governo, não respondia. Ou muito bem, diria, sois bem recebidos, mas na Madeira. Agora, tipo, os gajos da "Galisia", Queremos ser Portugueses. èpá isto é assim, sois, boa gente, mas já fechamos as vagas desde, Cabo Verde. Não levem a mal.

Anónimo disse...

eSTE PAÍS nunca mais toma juizo. Apelo ao nosso Presidente. "Olivensa". fALA ESPANHOL. è uma vergonha, pra nós, pois "ateimamamos", com o nosso irmão, essa coisa, tipo, aquilo que salazar e franco não resolveram. Mas Cabo verde tem o escudo e tudo o que é portugues. até o nome dos Jornais. Até quando é que Olivensa, vai ser assunto. Estou a falar por Dom Afonso Henriques. Agora como pratititamem, quando é que posso, começar a gozar com Gibralter, ou a discordar, na ONU com Ceuta ou "Milliha".? Sois cá uns papalves? Deus vos abensoi..
Olivensa é espanhol, tudo bem, espanha larga as conceções, que nós demos aos mouros, e o mundo fica mais feliz, e tudo vai correr melhor no mundo... Latim sei, Chinês não. Fomos o pais com mais medalhas nos 1º jogos da Lusofonia. Somos muitos paises, era uma competição, todos a falar Portugues, e muitos paises a ganhar medalhas de ouro e todos a falar Portugues. Não era em patins e a Catalunha não entrava. Somos um País sem stress. Ciente das suas preocupaço~es. Mas sem stress. Somos apenas um só país e isso deve dar dor de cabeça a muita empresa de Opinion "Mader" "Fucker", foi assim que usei, as aspas, por via, do sotaque, maravilhoso, que ás vezes, tempos a tempos, algum bófia espanhol, teima em ariscar-me, tipo, corrije, lá bacano. Nem em portugues é possivel, quanto mais. Se vos der pra pensar, que eles fazem fronteira com frança, e ai ainda é pior. Pois ninguem entende ninguem. È mais facil saber quem sofre. eSSE sofre passa sempre ao lado Porque? Não se sente não doi. Pois é eu não posso, nem vós, mas ver e sentir, foi, mesmo que eu viva mais 30 anos, a melhor e a pior coisa, que deus me deu. ( até ao momento ). Nunca lhe pedi nada pra mim.( ainda ).

Anónimo disse...

Falava com um dos meus melhores amigos, tipo essa meia duzia, ao telem´vel, a esposa ri da piada, ele todo contente, transmite, pergunto riu ou sorriu, não sabe? Vai lá vai. Não sabe não brinca. Se não fica mal, apenas voce mai ninguem. Quando souber traduzir as suas piadas, no sorriso, dos outros ou no gozo dos outros, tipo esta a rir, ou a curtir, ou a fazer um esforso, ou a rir longe, ou assim é tipo os gatos fedurentos, não custa nada, rir assim é facil, mais dificil foi saber se estava a rir ou a sorrir e isso tu não sabias dizer. Ora porra.

Anónimo disse...

Tenho uma tendencia enorme, pra SER, assim, coisa que noventa e nove % das pessoas, não gostam. falo da minha vida profissional. Isso é um facto. Ainda, parece que já estamos Ábusar, 15 anos, ou é um fecto ou um fato. E ele há fatos pra fetos. Ou os fetos não são. Ài não são. Temos uma das melhores leis da europa sobre o assunto. Menos nessa vontade pessoal, já com gravidade. Referendo, pra mim é o povo já com 90% pelo menos com o 12ºano, ou seja era daqui só a dois anos.Ai era fixe mesmo que ganha-se o sim, havia muito menos abortos, a rapaziada 99% já tinha o 12º Ano, logo tinham aquelas aulas lá, por exemplo planiamento familiar, tipo, já sabes o que é planeamento?, sim sim, já sei, controlar o dinheiro e nunca pensar que ser doutor, vai ser assim tão facil, pelo menos, um ano inteirinho tenho que ir lá, quatro horas por semana. E vou fazer no minimo dois exames. Dois exames, vê lá, ser doutor, não vai ser facil.