Quando, ainda não há muito tempo, - de facto os eventos hoje por hoje são tão efémeros que apenas lhes damos importância instantânea e já não guardamos respeito ao tempo - bom, não há mesmo muito tempo, publicava-se em Portugal um jornal matutino diário, de enorme expansão - O SÉCULO - , de boa memória, diga-se, que na sua sua última página, na última coluna, ao cimo, à direita, tinha sempre por título: "há sempre uma história para contar".
A estória que hoje eu vos trago, também não tem muitos anos - afinal eu ainda não penso sequer que já estou entradote, quanto mais que já sou velho - ( bem, COTA, no dizer da rapaziada mais nova, se calhar, já sou) e por isso não se pode chamar história a um facto tão recente quanto esta estória que agora aqui trago. (Estais a ver o jogo das palavras?!) - já pareço o Fernão Lopes naquele seu famoso visualismo.
Não sei mesmo se já vos contei aquela do «pássaro para o primeiro» , mas estou em crer que sim, aquela em que quem primeiro fizesse, todas certas, as contas que o senhor professor ditava, levava para casa o pardal que ele matava com a sua pressão de ar - ao tempo chamava- se (veja-se já o pedantismo ) FLOBÉR (correspondente a FLAUBERT), mas não é essa a que vos quero contar, embora o professor fosse o mesmo da história anterior.
Antes mesmo da tal estória reparai como se vilipendia o português - honra seja feita ao Baságueda e outros, como o Arcaz , que regeneram o verdadeiro linguajar e lhe dão o lugar que, com o tempo, justamente conquistou, só que, como atrás disse, já poucos respeitam o tempo. Razão tinha o velho Comandante: AH! TEMPO!:
Qualquer borra botas diz baby-sitter em vez de ama, diz abat-jour em vez de quebra- - luz, enche a boca a dizer coffee break por intervalo para café, chaise longue por espreguiçadeira, T-shirt por camisola de manga curta, algibeiras por bolsos, lanche por merenda, check up por actualizar, cachecol por abafo, e-mail por correio electrónico, barbecue por assador, blazer por casaco, para além dos famosos bué por muito, e DÁAA por ceguinho. Já não há respeito pelo genuíno Camões... também já são poucos os que sabem alguma coisa de latim... Daqui a cinquenta anos já poucos saberão que o Português é novilatina e que 60% do Inglês também.
A estória que hoje eu vos trago, também não tem muitos anos - afinal eu ainda não penso sequer que já estou entradote, quanto mais que já sou velho - ( bem, COTA, no dizer da rapaziada mais nova, se calhar, já sou) e por isso não se pode chamar história a um facto tão recente quanto esta estória que agora aqui trago. (Estais a ver o jogo das palavras?!) - já pareço o Fernão Lopes naquele seu famoso visualismo.
Não sei mesmo se já vos contei aquela do «pássaro para o primeiro» , mas estou em crer que sim, aquela em que quem primeiro fizesse, todas certas, as contas que o senhor professor ditava, levava para casa o pardal que ele matava com a sua pressão de ar - ao tempo chamava- se (veja-se já o pedantismo ) FLOBÉR (correspondente a FLAUBERT), mas não é essa a que vos quero contar, embora o professor fosse o mesmo da história anterior.
Antes mesmo da tal estória reparai como se vilipendia o português - honra seja feita ao Baságueda e outros, como o Arcaz , que regeneram o verdadeiro linguajar e lhe dão o lugar que, com o tempo, justamente conquistou, só que, como atrás disse, já poucos respeitam o tempo. Razão tinha o velho Comandante: AH! TEMPO!:
Qualquer borra botas diz baby-sitter em vez de ama, diz abat-jour em vez de quebra- - luz, enche a boca a dizer coffee break por intervalo para café, chaise longue por espreguiçadeira, T-shirt por camisola de manga curta, algibeiras por bolsos, lanche por merenda, check up por actualizar, cachecol por abafo, e-mail por correio electrónico, barbecue por assador, blazer por casaco, para além dos famosos bué por muito, e DÁAA por ceguinho. Já não há respeito pelo genuíno Camões... também já são poucos os que sabem alguma coisa de latim... Daqui a cinquenta anos já poucos saberão que o Português é novilatina e que 60% do Inglês também.
Verdade seja dita que, às vezes, me faltam palavras para expressar o que quero. Mas isso não é incompetência da língua. A incompetência é toda minha. MAINADA.
Dessa incompetência faz parte o nome científico duma erva que nesta época do ano está já em fase de deixar cair a semente e que cria uma cacheira no topo de uma haste, assim parecida com a do alho porro ou da cebola quando espigam. Não é mesmo, com certeza, por acaso, que o cheiro que exala é semelhante ao do alho e a forma esférica e repartida por pequenos filamentos é também igual aos destes bolbos. Não sei o nome científico, mas não digo, como um amigo meu, borrocu quando pretensamente de forma erudita quer dizer o tal barbecue e que eu chamo de assador e mainada. Não sei, dizia, o nome científico, mas sei o popular: erva caralheira. Assim mesmo. A forma arredondada ligeiramente mais estreita no cimo e o facto de estar na ponta de um longo pescoço devem ter sugerido à populaça a semelhança evidente com o pai da humanidade.
Vai daí, e porque o povo não é de modas - quando não tem, cria - sai espontaneamente o nome: erva caralheira e ponto final.
Críamos também nós, imberbes fedelhos em idade escolar, que se conseguíssemos que uma garota da escola ao lado comesse uma baga que fosse da cacheira da erva caralheira, os seus apetites sexuais relativamente a quem lhe tivesse dado o fruto ou o pão com a tal baga seriam tais, que se entregaria desalmadamente a um esfreganço de crica que nos transportaria até ao oitavo céu. ... Aí mesmo: aquele acima do Olimpo. Então, era vê-los junto àquele famoso muro, de que já vos falei, onde estava o fontanário com que XARINGÁVAMOS as cachopas, a tentar conseguir que elas dessem uma dentada na maçã de BRAVO MOFO ou no paposseco, daqueles com maminha e tudo - lembrais-vos deles? - onde disfarçadamente se tinha introduzido uma baga da cacheira da erva caralheira.
Não consta na história da aldeia que alguma donzela, alguma vez, se tivesse entregue a um mancebo por motivos da ingestão de uma baga da cacheira da erva caralheira.
O facto é que ainda hoje essa ideia perdura. E o que nunca pode morrer é a ideia, mesmo que já não se consiga fazer nada. É a vida!
Há coisa bem feitas , não há?!
Ide dando algumas inculcas para sabermos se ainda vos cativamos com as nossas estórias.
Um XXXXIII dosGGGGGGGGGGGRRRRRRRRAAAADDDDDDDDDDDDDEEEEEES!
14 comentários:
Ora entao; "erva caralheira"!!!
Estamos sempre a aprender, ainda bem que pessoas como o meu amigo, para relembrar os antigos linguajares.
Um abraco fornense.
Já sabia que eras cota. Não havia necessidade de dizer isso bué da vezes, de vai, desde o enicio, sem aferese, até esse fim esse dom anti-anti racismo. Bué de maluco é quem desconfia da virtude. ( EU ).
Só quem pode, é que devia ler este Professor! O pratitamem julga que é um desses sortudos. Um xiiiiiii.
Calma este mundo muda bué da rapido, mas nós outros, nao temos que ser duentes, en nos pitales, p'ero assi é muito mais facil dizer, que este mundo, o nosso pequenino portugal é mesmo bué de pequenino.
Oh! oh! Se cativam!
A populaça diz cacheira (como lapaxeiro) ou catchêra (como lapatchêro)?
Ó changoto, a erva caralheira só tem efeito nas moças novas, ou também dá para as maduras? E nos homens? Se calhar temos aqui temos um viagra caseiro e não sabiamos.
Cativandes pois!!! ευχαριστo πολύ!!!
Tinha que chegar o dia da desgraça. O ser humano é feito de esperas, resume aquilo que é dito pelo pior amigo tipo Olha "arrista", já basa amanha. A Amizade é na maiorria, dos casos uma séca. Neste caso nem por isso. Parte a parte. Era uma amizade sem porras. E È. não vejo a piada dos post. Só vos desejo não a puresa, que já vi que não é o objectivo, mas deus queira que o sucesso vos faça sorrir.
Sai o musgo lá da rocha, passam segundos, lá esta o mexilhão.
Está bem, tá certo, não meto mais assentos. Então é verdade o Changoto tem razão, nesse valor da importância Instântania. Tenho que discordar por afinação. Os momentos são tão pessoais, que o gozo que me dá, "transmitilos" aqui, ( demorava mais tempo há precura do lugar certo do ifen. ) deve ser o bastante pra não ter que me preocupar com as constantes, detesto palalavras com muitas constantes.
Sou um granda cabrão. È verdade. mas arrependo-me todos os dias. Mais valia, tentar ser feliz. Assim choro quaze todos os dias com mistura. Só quem me conhece é que baila, esses sorrisos, das vossas caras, sempre menos dispostas, ainda são o meu único alento. Mostra-me essa amiga. Apresenta lá a rapariga. Ou então não me olhes, de lado, não rias por favor. Não te devo nada! Lembras-te, de mim não mudei. Doi? Azar. A mim tambem me doi, mas eu posso morrer só, mas só caso por Amor. Mai nada. Está escrito na minha alma.
Deilhe a volta, o ifen é que diz que não, mas no resto.... Tambem me estou a rir... . Já chega. Diz que.... Pàra. Não há hipotese, diz que só por amor! vou desligar, não há hipotese. Pesso desculpa. Até outro dia.
Um blog nunca tem medida, tipo as coisas, que não se medem, tipo a minha fráca vontade de ser amigo do Lapaxeiro, tipo esse medidor em desatino, que nada mede que rime com outeiro, coisa que leva a uma ligeira subida, tipo um caminho que parece dificil, apenas com uma ligeira inclinação, que termina tenho a certeza em planície, nessa explicação triviaL, do que eu considero ser uma explicação á "postrior". Pois é sim tens razão, mas olha eu só queria, tás a ver., exatamente era isso, vamos aqui ao zé? È verdade sabes jogar King? Não sabes? Ia-te chamar bricalhão, mas já gozaste comigo duas vezes, é melhor seres tu a dar, né professor? ( Koia ) A alcunha do Koia é Professor, ou será ao contrario?
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