quinta-feira, janeiro 26, 2006

A NOSSA FALA - XLIV - A MANDINGA

Zé Borges ( o prometido é devido) era mais aldrabão que os políticos em campanha eleitoral (façanha julgada impossível). Era uma bomba de palavreado! Sempre bem arreado, bota reluzente que de vez em quando era reforçada no brilho com tinta coureina e cuspo do Zé guerrilhas, onde Borges se dirigia para quase nelas se ver ao espelho... de andar meio gingão, frequentemente metia as mãos nos bolsos e, ao mesmo tempo, puxava as calças para cima, deixando ver o cano da bota e mais ainda umas meias alvas, bordadas pela D. Lurdes com cinco agulhas - um esmero -; ficava nessa altura com a aparência de ser um pouco mais alto do que realmente era - era uma das mandingas que utilizava para provocar ilusões; entrava nas tascas mas não bebia nem pagava; o interesse era sempre meter conversa e achar campo para enfiar mais umas boas galguérias. Não raro, aqueles que o conheciam de gingeira, serviam-se da mesma mandinga e puxavam as calças para cima ou subiam para cima dum qualquer banco que estivesse à mão e cantavam o "arregaça, arregaça a calça, que se soltou da alsa"...Aí Zé Borges via que o peixe já não rendia, servia-se de uma tosse gutural, embolsava uma escarreta e atirava-a para o centro da estrada, dizendo invariavelmente: "ah! puta! com um tremoço no meio parecias um ovo estrelado"; o cabelo estava sempre nos trincos e de tamanho curto, próximo do rente: é que Zé Borges fora marinheiro, dizia ele, CAPITÃO DE FRAGATA, e dispunha-se a mostrar a jaqueta com os galões a quem o quisesse comprovar - mais uma mandinga - .
Contava ele que em África tinha visto uma jibóia com 15 metros e que com um arrocho tinha partido um dente de marfim a um elefante e que duma vez se viu frente a frente com um leão: calmo, como se impunha, agarrou um pequeno estadulho e quando o leão abre a boca para o apertar nos dentes afiados, enfia o estadulho na boca do rei da selva que, ferido no céu da boca, mete o rabo entre as pernas e foge acagaçado com a calma de Borges. Em Lisboa o comboio andava 30 metros debaixo de água e na aldeia tinha ele tido uma ovelha que tinha parido e criado oito gatos.
Um dia, Chquim Mouraria, mais conhecido por Malagoto, genro de padre Zé, mandador nas eiras onde se fazia a malha a mangoal (ainda vos lembrais dele?), velho Prim, aquele mesmo que um dia enquanto o velho Remédios, viúvo já, descia à loja para trazer um pucheirinho de vinho e dar um copo ao Prim, ele, o mal agradecido, com um gravato, saca a farinheira que o velho cozia na panelinha de ferro e, apercebendo-se que ele já subia, enfiou-a na fralda da camisa e, embora a dor da escaldadela fosse enorme, aguentou firme e emborcou o copinho ao velho; quando chegou à tasca do Fatela mostrava a cicatriz da escaldadela: "só queria uma farinheira mas fiquei com duas," dizia o malandro), bom, mas então era o Malagoto, o velho Prim, o Marrafa (que passava os dias sentado no baturel do Fatela ou do Chico - era só atravesar a estrada -, e mais ainda o velho Corlha, Zé Espantado, Zé Ferrenho, Manuel Freitas e Zé Luís - uma equipa de rara envergadura em matéria de artimanha - combinam espetar uma ao Zé Borges. Depois de muitas hipóteses Malagoto decidiu: pagamos um copo ao João Feijão, para o Borges não desconfiar e é o Feijão que lhe vai dizer que a cadela aqui do Ferrenho pariu dois borregos e que os dois tinham uma cabeça para a frente e outra para trás e mamavam à vez com a boca em cada uma das tetas da ovelha. E foi.
O Feijão, ao princípio, ficou relutante mas com mais uns copinhos lá se foi ao Zé Borges e dar a notícia. Não tardou que Borges aparelhasse a burra - animal invejável, sempre bem calçado de ferradura e aparelhado com gosto, albarda sempre coberta por manta de farrapos, arreios reluzentes, e, que eu me lembre, a única burra que tinha estribos - e se pusesse a caminho à casa do Ferrenho que ficava para lá das Portelas, no Batcharel, mesmo em frente ao pinhal do Chico Sarapião, regedor que era, ao tempo.
Ferrenho, bem instruído por aquela equipa de mandingas, fez-se de novas e mais atiçou Zé Borges: « Ó Sr. Zéi, ele verdade, é, sim senhor, mas veio cá o veterinário e levou-os para a Vila. Só se cá vier amanhã!» Volta Zé Borges à aldeia prometendo que voltaria no dia seguinte. E voltou... mas não encontrou o Ferrenho e ficou sem ver nada outra vez. Fez a viagem todos os dias da semana. Esperou o Ferrenho à hora de missa no Domingo e lá combinaram dia e hora.
Ferrenho via-se agora encalacrado porque já não sabia como descalçar a bota. Calhei a passar, passo a mão pela careca do Ferrenho, Mnel Freitas sai-se logo:"oh! tu és cma elas: só gostas dos carecas!",ouvem-se os risos do costume, passa-se por cima e acabo por saber a história contada pelo Malagoto que, proibido como estava dos médicos de tocar em pinga de álcool, se oferecia agora à mulher para ir tratar das pitas à capoeira, onde tinha escondida uma garrafinha com aguardente da rija. A pobre da mulher nunca desconfiou desta mandinga do Malagoto! Abalou cedo, coitado! Bem,... mas adiante
Digo eu ao Malagoto:« Óh Chquim, agora só vos safais se disserdes que, dada a raridade do fenómeno, o Estado vos confiscou os borregos e os levou para o Museu de Arte Natural».
-"Diz lá outra vez!" Eu repeti umas quantas até que o Ferrenho foi capaz de dizer direitinho a tramóia.
Malagoto, que ao tempo, trabalhava em Castelo Branco assujeitou-se a perder meio dia só para ver se o Borges aparelhava a besta e ia ao encontro do Ferrenho a ver dos borregos.
Borges, militar como fora, - tratos são tratos - à hora aprazada lá estava. Ferrenho portou-se à altura.
Nesse dia no adro não se falava de outra coisa.
Borges, só tarde e às más horas é que se apercebeu da mandinga.
Tendeirinho, figura rara na aldeia, pedreiro em Campolide, esposo amado e dedicado de Mari Chã Chã, numa de filósofo da àgora grega, sai-se com uma de se lhe tirar o chapéu:«Bem feita! ia por lã e veio tosquiado!»
Até o Tonho Bondito e o Zé Balão tiraram as mãos dos bolsos e bateram palmas!

44 comentários:

Anónimo disse...

Essa do zé Balão bater palmas, gostava de ver. Eu há uns anos soube, que na musica classica, assistindo ao vivo, só se bate palmas no fim, mas tu vais perdoar e ficas a saber já a minha opinião. Transformo as palmas em um OK pra ti, porque esta quase actualidade, ainda te torna a sabedoria mais absoluta, mais real, mais, ao momento. Não há que ter medo de ser menos "óptimo", a visão, o talento, nunca foge por isso, na minha opinião o melhor que li até hoje. ( eu sei que a hora pode ser ser suspeita), mas na minha opini~ºao não.

Anónimo disse...

Eventualmente polemico, só o assento? Que parece a mãe lhe deixou, mas havia três a disputar, a verdade não sei, mas acho, digo acho, que foi pro lado do João feijão. Isto já é isso. Agora o João Feijão? Assim inganadfo, dessa maneira, eu não curto, vocezes, eram maus. Será que não havia nem nete, nem Blog? Não Não é isso, eram mais novos. Eu nunca fui assim. Por isso estou a pagar. Troco Dinheiro, por simpatia, ás vezes por lágrimas. Agora já raramente por soluços. È a vida da gente, e voçes acham piada eu também! Mas é a minha vida, ainda bem que sou eu que tá lá.

Anónimo disse...

Era só um, perdoa CHangoto.

Mas eu venho do café vejo, o feijão. Uma vez recente, vinha lixado, do serviço, fiquei como abitualmente a falar com ele, Quando calha, queria boleia pra casa. "Arrangei", desculpa,. Lembrei-me do desgraçado, que ficou em preventiva. Eu não queria. Um preto, Guiné-Conacry, Só 22 Anos, sem pai nem Mãe. Regresso a casa. È bom, Qual casa. Pais`?

Anónimo disse...

Eu sei, aquilo que sei, quase todos os dias, falo com os cotas da aldeia. U sotaque, do Blog, já não é este, ninca foi. Somos uma Aldeia de gente esperta, usamos coisas parecidas no engate e no convencimento, no pais da bota deve ser diferente.

Anónimo disse...

Fico irritado, claro que sim, o velho Bitss, não falava assim.

Anónimo disse...

O Velhote que diz fejeram uma barragem, morreu afogado. Por exemplo.

Anónimo disse...

Os meus avós, acho não eram gágás?
( Eu sei que é duro. )

Anónimo disse...

AAAHAAAAHAAAAAIAAAH (bocejo)

Anónimo disse...

Tivemos uma recaída, foi?

Anónimo disse...

Vá lá deixem o gajo (partitamem), não liguem, até não é mau rapaz, mas é Bipolar, coitado. Sei que segunda-feira é mau dia para comentar, é mais a partir de terça, mas comentem, para mim é um dos melhores textos que já li de Changoto.

Anónimo disse...

Na verdade, entre uns e outros, venha o diabo e escolha...
Refiro-me aos textos, naturalmente.

Anónimo disse...

"Sei quem ele é
Ele é bom rapaz, um pouco tímido até
Vivia no sonho de encontrar o amor
Pois seu coração pedia mais,
Mais calor..."

Anónimo disse...

Isso é lugar, no fado, que por via da vivência, me escuso, a falar, ou seja cá no lugar, onde eu vivo. Onde ainda moro, por via de, não ser de lado nenhum. Por via, do sentimento, de não ser, de lugar nenhum, assim foi. Claro que eu e o meu irmão, rápidamente, vencemos, merlos, e fatelas, mesmo a custo fisico, e isso foi bom, claro. Jogavamos lá á bola todos os dias, e há anos que explorava-mos, uma suposta Anta, que nunca encontramos, mas que existe. E isso faz toda a diferença. Quando estava na tropa, perguntaram de onde eu era, e eu respondi.

Anónimo disse...

Hoje ando ai, á volta disso, e das conversas, de que fala o Changoto, da dureza, do comentário, ele foi actual, "maravilhosamente", actual, pqassou, a mão na careca isso, ele, deu azo, a conversa, fiada. É ASSIM o povo, Lindo, da Aldeia, ri, Sempre, Fica "priocupado", se tu gargalhejas, um segundo antes, mais ainda, se conheces a piada, e berras( tens que ter aspecto), Atão, como é que vai isso? Há sempre um freitas, e tu "Prguntas"ao mesmo tempo, a um ou dois dos cinco, que te tratam bem, com sorriso, tá tudo, bem? depois ninguem ouviu a pergunta estupida. Pois E´. Quatro minutos, mais é gozo, menos não é piada, depois eles penssam, que eu uso dois ss. Mentira, eu o luis, sempre, não entendi diga lá, não percebi, desculpe, pode repetir? Os Americanos o Que?
Se ele não souber, eu explico, se for parvo, Gozo com o Animal.

Anónimo disse...

O meu Amigo "Anónimo", não é por nada, mas ás vezes doi. Não seria "um pouco timido talvez".

Anónimo disse...

Já não há Madalenas dessas.

Anónimo disse...

Pois é a outra, é que foi recebida, pelo regime, eu não vivi lá. Fala de metaforas, lá no gfestival, Pois. Fez isto e aquilo, nãõ vi nada. Pois É quem andou lá sabe e nunca falou. Vamos todos esquecer o PREC. E continuar a pensar que os putos vivem o 25. Não fazem a minima. Isso foi que? Pois é....BE.
Não sei, ninguem, fala dela, Era muito mais linda, Hà Há. Cantava pra outro mundo, não era de ningem, vivia o seu mundo. Nunca "misturou", Quem é que "condissionou", Quem?

Èpa, vós sabeis como, se fala dela, sempre, com algum mistério?

Anónimo disse...

A propósito da Madalena Iglésias, sabem que durante muitos anos eu pensei que era a mulher do Júlio?

Anónimo disse...

Não eram os que andavam com o tesal no issenses?

Anónimo disse...

Mai nada.

Anónimo disse...

Só porque sinto, Ganharam as duas o Festival da canção, eu era puto só conheço o caminho, das duas. Minto. Uma era do regime e a outra não. `*È isso que esses regimes, gostam, dividir, disputas, pois é ganha sempre, quem luta, mesmo que quem sai da luta, pense igual, apenas, não vai na onda. Desistir, porque não vou cantar assim conotada, QUER dizer, não vou a lado qualquer, logo, não foi em grupos?

Quase arrisco dizer, uma sabe quase tanto como a Amália sabia.

Anónimo disse...

Fico ãs ras, muitas vexz, irritado, por via deste Bolg. Não ter Marcação do dia. Tem da hora mas não do dia? È uma "critica" de, da treta, demasiado extêmporanio, digo eu. A ver se é possivel, ou se o "soufá" é só de Funcion´rios Publicos.

Anónimo disse...

Pois, Eu, Adoro, o vosso espírito, mais a vossa comunhão, mas eu tenho esse defeito, que só causa sstress, aos meus, amigos do coração. Mais eu. E meu controlo dá 12/8, e o vosso. Eu ainda embora, comido, verdade, ainda acredito, mais nas pessoas, e em mim, do que nos tribunáis, e vós?

Anónimo disse...

Pois a mim basta-me saber a hora. E atão se associar alguns comentários á hora a que são feitos... ui,ui! Vê-se logo!

Anónimo disse...

Agora, não fui capaz, de ler o meu amigo lapaxeiro, até ao fim. Épá a gente, eu soluço, já não estou a rir, estou a ter um aldrudas, cardiovascular, grave, quer dizer, sem 115, ou 117, ou só com o condutor. Deve ser o caso desse gajo, engarçado. Ele claro, só é cliente em lua cheia, devia ir de cascos até ao Hospital, mas bem, somos pessoas de bem. O nosso coração, vende, maldade avulso, já não podemos com a nossa bondade.

Anónimo disse...

Espero, que tenham gostado da metafora? Qual? A do coração. Bem me parecia, Quem é que não presisa, pelo menos de um s, pra não falar de um coração. Alguem, que o tenha corrumpido, impossivel. Neste Blog, vivo, essa cura. Trabalho com um bacano que tem a bandeira do PSD, na varanda, há muitos anos diz. Mas nas útimas, diz teve que ser. Quatro anos disto, com o meu feitio, mais o resto, e? Que se comam uns aos outros. Não posso mais. Logo, não era mau rapaz, ás vezes ao domingo. Isso é ter bom coração, ser Português, Não, é cumprir um prepósito, estou ali há nove anos, e o meu lema, tem a minha idade 38, ( não vai ser facil, mas bem, pra mim um ser humano, sou eu. ). às vezes, brincamos, com sentimentos, isso, está vedado na minha profissão, pelo menos que eu oiça. Não é a mesma coisa, que incorporar a piada, lá no fundo, do sorriso do bacano, e também sorrir. Pois. O BE. Fez a analise do costume. Anda a ler nas entre-linhas os poemas de Mao´, Há & anos e ainda vai exactamente- no e. Mas bem, aquela sequência era pra SIC. Eu sou Padre, lá todos os dias, quem não acredita, que vá pros quintos dos Infernos.lá ao lado.

Anónimo disse...

Se me é... Obrigado. Dizia, è porventura um dos sítios, onde já não sei aquilo que dizia. Mas quem, quizer mais vá ao Totta.

Anónimo disse...

È preciso, ler, com atenção, ter capacidade, sofrer, ser actor, digo, muito bom actor, e claro, saber inventar Chinês, fora o resto. Depois No sofrimento muito duro, muito pessoal, ele ou ela a olhar e o resto, da "injustiça", saber, não molhar, se possivel dizer, uma meia mentira, do genero, 15 dias, ( Quando é um mês ,) ou como dizia, no inicio, deste terço, aquilo que é mais dificil, (puta que pariu os is), fazer rir, com uma piada vinda da alma.

Anónimo disse...

Dedico esta piada ao meu grande Amigo Karraio, Hoje, estáva em baixo. Um OK pra ele do tamanho da minha alma.

Anónimo disse...

Se calhar é a hora Coca-Cola Ligth, não?

Anónimo disse...

Ou a hora Chá com Torradas?

Anónimo disse...

Ou, quiçá, a hora Vou Ali Já Venho?

Anónimo disse...

Se calhar são horas de mudar de conversa...ou talvez não.

Anónimo disse...

Há Há...Há Há...Porra pois é? Os americanos o que? Pra já tiraram-me o chapeu, mais do que isso não posso. Oó Amigo aldrubas, podes fazer o meu IRS?

Anónimo disse...

Irs, Irc, Iva, imposto selo, imposto automóvel, imposto municipal sobre as transmissões, imposto municipal sobre imóveis, imposto sobre os combustíveis, imposto sobre as mais-valias, imposto sobre comentário fora de horas (e fora de horas pode ser sempre que eu quiser)... quantos queres?

Anónimo disse...

Resposta ao Amigo Lapaxeiro: pra hora certa, ora essa!

Anónimo disse...

E agora? Olha, volta noutra hora! Desde que não seja em má hora...

Anónimo disse...

E eu vou-me mas é embora, que se aproxima a hora de ponta.

Anónimo disse...

E faço questão de chegar em cima da hora!

Anónimo disse...

Pois eu acho que isso já é fora de horas.
Entretanto, a minha prima entrou em trabalho de parto. Eu disse-lhe: que tenha uma hora pequenina! Mas depois fiquei a pensar: quanto dura uma hora pequenina? E se for uma hora grande?
Bom, se calhar não são horas disto...
Mas pode ser hora de se marcar hora pro tal copo.

Anónimo disse...

Happy hour!

Anónimo disse...

Aliás, é uma questão de horas extraordinárias, bem me parece.Há q'horas que estamos nisto! Notícia de última hora: Eu exijo pagamento de horas extraordinárias! Mainada!

Anónimo disse...

Isto agora vai tudo nas horas! É sempre a aviar. E o horário de funcionamento será o seguinte:
9 HORAS: ABERTURA
18 HORAS: ENCERRADURA
Aos Domingos não há aviação.

P.S. Subscrevo o protesto!

pratitamem disse...

Deus nos dé o profano que o Changoto tanto, faz brigar com o sagrado(QUE NÃO SEI O QUÊ) pra gente poder profanar um bocadinho, enquanto somos sagrados e não nos comem , por via disso!