O saber popular expressa-se de múltiplos modos:
aforismos, lenga-lengas, ditados, costumes, tradições, festividades, crendices,
bruxarias,.., que sei eu?! Creio, todavia, que é nos provérbios que ele melhor
se exprime e condensa. Sabendo nós que a sua cientificidade é reduzidíssima,
dadas as suas constantes incoerências, nem por isso perdem validade e
regulam muitas das actividades quotidianas, desde o casamento à educação dos
filhos, ao respeito pelos mais velhos às sementeiras e colheitas e por aí
fora... Deixo-vos uma amostra, perfeitamente ao acaso e pode acontecer que
nunca tenhais contactado com alguns deles: "se queres comprar, nunca compres
a quem comprou, mas a quem herdou"; “quem muito dorme, pouco aprende”; “é
como a lenha verde que mal se acende”; “o trabalho do menino é pouco, mas quem
o despreza é louco”; “quem com menino se deitou, sempre borrado se achou”;
“cerração baixa, sol que racha”,... O enraizamento destes saberes é tão
profundo que mais parece um lin(t)cheira,
que até mesmo uma retro escavadora demora a arrancar, e muitas vezes nem
consegue, obrigando ao uso de pólvora barroqueira.
Não vale a pena armarmo-nos de argumentação bem
fundamentada porque nada demoverá este saber sedimentado e transmitido de
geração em geração. Aos poucos, ele vai desaparecendo e uma das razões
para tal será, sem sombra de dúvidas o facto de já não haver serões. A
panelinha de ferro ao lume cozendo as espigas de couve ou de nabo, adubados com
uma farinheira ou uma buchanha que logo se partilham num barranhão, davam
oportunidade para se ir falando de tudo e, mesmo assim, não era muito, que as
preocupações eram as caseiras e pouco mais. Era nestes momentos, sobretudo nas
noites de invernia, todos juntos ao lume, olhando o crepitar da chama, sempre
regrada que a lenha não caía do céu como a chuva, e acompanhando os espanhóis (faúlhas) na sua agonia
até se transformarem em fonas... Foi aí que eu contactei com muito do que sei
em matéria do saber fazer. Só que, como já não há serões, olha!, deixo amostras
aqui no basa...
Saramago dizia que o homem que conhecera e mais sabia,
não sabia ler nem escrever e se eu não posso dizer isso, porque tive um Padre
Manuel Antunes que me deixava de boca aberta o tempo todo, não me custa já
defender que entre os que conheci e mais me ensinaram, no que toca à prática de
vida e valores , ocupa lugar de destaque o velho Comandante do Inferno,
meu avô paterno. Também o professor Zé Paula, o Tanganho, que em matéria de
astros e muito mais era um entretainer incomparável; o Zé Borges,
aldrabão por excelência, que sabia contar histórias como ninguém, enfim...
tantos outros xendros que deixaram em mim marcas indeléveis, tal qual lintcheiras tão enterradas que o tempo
não é capaz de as arredar.
Ao longo dos tempos, sem dúvida, o homem foi sempre
evoluindo mas o presente só é o que é, porque atrás está um passado que o
suporta.
Deixo-vos
hoje um outro texto que escrevi há já uns anos e que nas lintcheiras do sótão fui encontrar. Resolvi ressuscitá-lo. Chama-se
“O Homem Revisitado”:
Se é verdade, como diz James: - que a nossa mente é
contínua - , então, estamos sempre activos em pensamento. Só que de alguns nos
damos conta e de outros nem tanto… Mesmo assim continuamos sempre a pensar.
A nossa atenção ao meio próximo circundante, mesmo se a tarefa que
desempenhamos é do nosso inteiro agrado e a motivação é forte, mesmo aí,
dificilmente estamos mais de oito segundos concentrados. Esta é a saúde do
nosso espírito: uma dispersão selectiva ou orientada. Nem obsessão
concentracional ou monoideísmo obsessivo nem poliideísmo difuso.
Fazeis então bem quando saís e vos perguntais pela
saúde do vosso filho ou sobre o que irá ser o vosso almoço, hoje. A nossa mente
é uma vadia, até porque, como diz o poeta, “não há machado que corte a raíz ao
pensamento”. Vadiemos, pois. Mas, …, de vez em quando passemos por nós e por
aqueles que nos enviam a sua mensagem. Foi assim que num daqueles
momentos de hipnogagia, já quase a descambar para Morfeu me pus a pensar de mim
para mim e relembrei que eu, afinal, era um sujeito objectado. Eu era o outro
de mim mesmo. Uma espécie de não-eu como queria Fichte. A minha
consciência de mim implica que sejamos dois num: um eu e um não-eu. A identidade funde-se com a
alteridade, mas não em tempos diferentes como o filósofo do absoluto defendia.
E a questão emergiu: então o sujeito é um objecto. Vai daí, propus-me um projecto
que não me fosse, nem, muito menos para vós, abjecto… Decidi: tens um problema
injecto…. Agora procura o melhor trajecto para que ele tenha algum afecto e não
o considerem um dejecto. E foi assim que o feto começou a crescer no mais
íntimo do meu imo.
Foi
esta lucubração que me trouxe à ideia deter-me um pouco e pensar. Nesta época
de velocidade onde tudo e todos voam à velocidade de um simples click, esta atitude até parece
ter o seu quê de bizarro! Pensar! que desperdício....
Ainda assim, sempre fui contra o que sói dizer-se FAST: contra a fast food, e mais ainda contra o FAST THINKING. Pensar depressa para quê.
Já o velho Cartesius aconselhava que nos precatássemos contra a precipitação...
nanja que eu seja muito seguidista deste racionalista metodista, mas, se se
souber olhar, sempre se descortina algo de positivo onde se pensa que tudo é déjà vu!
Assim decidi divagar, mas devagar, m u i t o
d e v a g
a r i- n h o.!
As ideias, ao princípio, atafulhavam-se, e como gladiadores em arena de
Coliseu, umas com retis e outras com Gladium, à porfia lutavam para ver qual veria o
polegar de César apontando para cima.... Olha, agora veio-me uma que calcou as
outras todas! Já reparastes vós que os nossos jovens, nos dias de hoje estão a
dar uma ocupação nova ao nosso velhinho polegar?! De facto, este velho oponente
aos outros prolongamentos da mão, é agora senhor de uma destreza excepcional...
olhai para eles, quando mexem nos telemóveis, vede a que velocidade emitem
mensagens ou digitam um número de telefone. Se quereis saber o número digitado
só se tiverdes à mão uma câmara lenta…
Já aferistes que voltamos a dar razão àquilo que sempre foi defendido? A
verdade é que é a mão que desenvolve o cérebro e não este aquela. A necessidade
de segurar liberta mais uma vez o polegar, e, ainda mais, se reforça a sua
importância decisiva. Se a oponência do polegar permitiu a preensão, agora a
sua libertação das funções de contra força, deixam lugar para a destreza, a
habilidade. Finalmente, já não é o gordo que vai para a baliza.... Ele agora
corre como os outros e mais: corre com os outros! É lindo!
Esta marca humana decisiva para a sua evolução fez-me lembrar o título dos
nossos encontros: o homem revisitado... e se voltássemos a olhar o homem tal
como me revi e me revisito todos os dias? Sempre igual e sempre diferente.
Nunca sou ou somos completamente velhos conhecidos, mas também não somos clones
de nós mesmos. Como é agradável cada manhã vermos a nossa narcisidade e
saudarmo-nos logo com um humor cáustico: bom dia, carga de ossos com carne!
Tens à frente mais um dia, encarrega-te dele senão ele encarrega-se de ti...
Vamos então revisitar o homem.
A perspectiva que vos quero apresentar não pretende ser exaustiva, - haverá
alguma coisa que o seja? - mas visa ser uma visão diferente , pessoal e com
toda a certeza é original.
Enquanto sujeito do mundo ele mais não é que um objecto desse mesmo mundo. É um
entre os demais. Ao princípio viveu numa fusão perfeita enquadrando-se no seu habitat jogando o seu papel, lutando pela
sobrevivência. É um sujeito idiossincrético e como tal mesmo sem a
racionalidade que depois lhe vai dar a marca distintiva durante séculos ainda
hoje perdurável, - o homem como animal racional - idiossincrásico, numa
harmonia que de selvagem tem o título infeliz que muitos lhe deram e que Lévy
Stauss em boa hora corrigiu. Tinha uma lógica vivencial, pré-científica, é
verdade, mas nem por isso menos lógica. O tempo era o tempo presente. O seu
tempo, aquele mesmo que o obrigava a buscar sustentação, gregação e reprodução
nos termos do chinês de Konigsberg. Este sujeito indistinto, imiscuído na
perfeição do universo fazia parte da vida no mesmo patamar que muitos outros.
Este sujeito deixava-se ficar sujeito à roda do devir e, aos poucos, começando
a ler o que o rodeia, inicia uma nova narrativa que lhe possibilita uma nova
gramática relacional na geometria espacial que o envolvia. É simultaneamente
hiperactivado pela necessidade natural de se manter vivo e passivo, no sentido
de sofredor, como tudo o que traz à mistura paixão. Este sujeito físico a breve
trecho se torna metafísico, quer ordenar o que em si mesmo é caos. Como Ovídio in principio moles imensa
indigestaque erat. O desejo
de ordem afasta-o de si. Pendura-se num ordenador. Como não se fizera a si
mesmo, a sua lógica levava-o a que alguém o tivesse feito. Os outros como ele,
também não teriam tido essa capacidade, pelo que ele derivaria de um estranho a
si mesmo. Não só ele, também o que o rodeava e lhe oferecia tanta
diferenciação. Se ele não fazia o que o rodeava nem a si mesmo, mistério era e
a exigência de um ser metahumano se tornasse emergente. A divindade, quando não
as múltiplas divindades, respondiam às questões que o apoquentavam. E ele
sossegou.
Mas... oh sortilégio, a idade de ouro, não podia durar por muito tempo e o
abandono do paraíso não tarda... Ainda se volta para si a ver se encontrava
respostas, mas aqueles que a procuram são iníquos e morrem às mãos dos seus
iguais. Aí temos o sujeito social e enquanto social o sujeito político, o que
ao não saber governar-se apoia que outros o governem... O político enquanto
sujeito aliena a sua vontade, anonimiza-se, confunde-se no seio dos seus iguais
e a sua virgindade inicial é conspurcada pelo ódio, inveja, escravização... A
racionalidade afinal deixa-se vencer pelo sensorialismo. É bem verdade que o
político é muitas vezes bem pouco polido…
O desmoronamento dos valores essenciais humanos inevitavelmente conduz a uma
época do salve-se quem puder em que o sujeito é personificado, teocrático….
Impunha-se um novo sujeito que na convergência da valoração apresentasse pontos
de vista divergentes. O sujeito do rompimento, da ruptura com os status quo, um sujeito dividido, um sujeito
cristão, que, aos poucos se apossa de meio mundo e tentacularmente também ele
aniquila quem é contra ele. Sujeito que realça a futilidade dos bens materiais
e promete para além túmulo um mundo de bem aventuranças. O mundo deixou de ser
humano, passou a ser ecuménico. É o sujeito catecúmeno possuído por uma
catequese escatológica em que a razão cede lugar à crença, em que o dogma se
confunde com a verdade, e a dúvida despertadora é esmagada ao peso da imposição
inquisitorial. Só que este sujeito, de si, é insatisfeito, avesso a continuuns estagnantes que favorecem a
putrefacção, e quer novas fontes, novos rios de verdade e, embora a custo e
após penumbra quase eclíptica, reassume o seu lugar górdio, renasce e das
cinzas de Fénix as sementes, tanto tempo hermeticamente enclausuradas num
vórtice de mistérios, abrem-se agora para um novo dia e um nova postura. O
homem humaniza-se. É o sujeito humanista, centro dos centros. Abre-se ao mundo
e abre os mundos. Rompe com o establishment e com a nomenklatur. Conhece e conhece-se, a doutrina cede
o passo à prática e o saber deixa o trono para o conhecer. A investigação
arreda o magister dixit, e os adivinhos, videntes e bruxos
caducam ante a universalização das leis entretanto conquistadas à força de
verificações experimentais. As sacralizações profanizam-se, a razão vai aos
píncaros da sua capacidade e, tribunalícia, estabelece limites à sua própria
extensão e compreensão.
Vem já aí a caminho o sujeito individual,
o que rejeita a lógica dos sistema e rebelde entende que a sua liberdade se
exerce no seio dos outros. Alguns velhos do Restelo bem vociferam a força da
ordem, da constância do método, do rigor da mathesis
universalis. Mas o sujeito
tinha aprendido a andar e quer agora caminhar e devolver de novo à natura
aquilo que nunca dela deveria ter sido desapossado. Aí está o sujeito
experimentalista, laboratorial, positivo. Fundamentalista na sua convicção que
nada podia escapar à verificação factual, ufano nos poderes da previsibilidade
e do controle, veste fato de gala e pretende de novo sujeitar-se a si mesmo a
uns contornos de predefinição. Nem já a imaginação tinha lugar neste sujeito tirano
que, à margem do que as circunstâncias aconselhavam, recusava a revisibilidade
dos conceitos e queria o emparedamento das convenções. A poesia não cabia,
tinha que tudo ficar ao nível de uma prosa fria, carrilada, dedutiva, sempre de
navegação à vista…
Sempre a presunção umbilical, libidinosa do mandarinato científico!
Mas se há sujeitos que tudo querem sujeitar outros há que rejeitam o metodismo,
a repetição o “amén…“ Afinal a teoria que nunca tinha sido e ainda continua por
ser provada, a teoria da evolução, segue sendo isso mesmo: uma teoria. Como tal
hipotética, provável, polémica, descarrilada…Mais uma vez o sacralizado, o
intocável, rui e até mesmo o átomo se desintegra, o que era elemento ínfimo, é
agora múltiplo composto, o que estava em repouso agita-se, e com que força! O
sujeito atómico ‘ cria um
poder sobre o qual deixa de ter poder ‘
como nos ajuda Morin, e, o que era visto como isolado, é entendido como
inserido num campo, como muitos nos ensinaram desde Maxwell, a Lewin e
Bourdieu. E para mais o sujeito guerreiro revive nos movimentos
independentistas e as fronteiras deixam de ser espaciais para passarem apenas a
ser temporais, como futuramente nos vai avisar Toffler. Com a guerra somos
obrigados a recordar Vieira: «É a guerra aquele monstro que se sustenta das
fazendas, do sangue, das vidas, e quanto mais come e consome tanto menos se
farta. É a guerra aquela tempestade terrestre, que leva os campos, as casas, as
vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento sorve os reinos e
monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as
calamidades, em que não há mal algum que ou não se padeça ou não se tema, nem
bem que seja próprio e seguro. O pai não tem seguro o filho, o rico não tem
segura a fazenda, o pobre não tem seguro o seu suor, o nobre não tem segura a
honra, o eclesiástico não tem segura a imunidade, o religioso não tem segura a
sua cela, e até Deus, nos templos e nos sacrários, não está seguro.»
Como eu gostava de escrever como este sujeito escritor. Antes como agora o
sujeito belicoso acarreta para a humanidade sempre este rol de desgraças. E
nesta nossa revisita ao homem pergunta que se impõe será a saber quantos dias
de paz conheceu a humanidade….
Mas… é forçoso que continuemos a nossa viagem por algumas das facetas que o
homem enquanto sujeito nos foi deixando no tempo.
Já não bastava a destruição de alguns dos paradigmas, quando o mundo é acordado
pelo escândalo menos esperado: chegou o sujeito sexual. O último tabu, aquele
que se velava, fosse de tanga ou com as mais sofisticadas roupas, é agora
deixado às claras e considerado como o responsável mor pelo comportamento
humano. Vasculha-se até ao mais fundo do segredo pessoal, descodificam-se os
sonhos, põe-se ao léu o que fortalezas consideradas inexpugnáveis pelo sujeito
ciosamente guardavam. O importante não é o que se vê ou o que se diz, mas antes
o que se oculta.
Afinal a verdade está escondida e o que é preciso é
encontrar as armas adequadas para a desvendar.
Parecia adivinhar-se o sujeito fiscal… Era preciso
guardar as verdades; afinal já nada está seguro? Os guardiões dos templos, qual
horda organizada, poderosa no seu STATUS a breve trecho cria o sujeito
epistemológico, hidra de sete cabeças e boca voraz, ressurreição inquisitorial,
microscópinvestiga e acerrimamente critica quem extravasa das margens. Mais uma
vez este sujeito inquisitorial se esquece que o rio é livre e que a culpa nunca
é dele, mas exactamente das margens que o apertam na soberba imagem de Brecht.
O novo sujeito agora possesso pela energia liberta e,
simultaneamente, controlada, a breve trecho, vai espezinhar este sujeito
epistemológico, indivíduo de escola, servil e obediente, que apenas arriscava
pôr os pés nas poldras que sobressaíssem seguras da torrente das águas. De
pouco lhe valeu. O sujeito epistemológico esqueceu-se do sujeito epistémico,
inovador, investigador, curioso, indomável, agressivo, rebelde, cada dia novo.
Como bola de neve rolando o volume do seu tamanho aumenta e arrasa o que se
opõe. Liberta-se de peias e assume uma nova postura, ávido de saber, não pára
na sua indagação e olhando para trás aproveita o que de bom pelo tempo fora
conseguindo e melhora significativamente as suas potencialidades.
É assim que chegamos ao sujeito cibernético, à era da
tecla à fusão entre virtual e real. O tempo e o espaço deixam de pertencer à
esfera do sujeito, que, estulto na sua comodidade, abre as portas aos invasores
que, especialistas na arte do engodo lhe impingem de novo verdades que se convence
serem insofismáveis. O sujeito cibernético, traz o sujeito marketing, o sujeito
publicidade, o sujeito global…, fica tudo sujeito ao simples gesto de premir um
botão.
Que homem é este que agora nos acompanha? Fecha as
portas aos seus vizinhos próximos e escancara a sua sala, a privacidade do seu
quarto, vilipendia a sua mesa, renega o diálogo familiar, abocanha a
velocidade, corre mais depressa para a sua própria destruição…
Será este o homem apocalíptico?
Será desta que os tentáculos da mais ganância, a
valoração da materialidade, do egoísmo e da competitividade dizimarão o nosso
homem?
Não deixaremos nós também uma marca que permita aos
vindouros revisitarem-nos?
Quero terminar com o sujeito esperançoso. O mundo e o
homem não são feitos à imagem de George W. Bush.
Há outras leituras, outras narrativas e, como em todas
as mitologias, o Bem sempre venceu o Mal.
Disse ou tenho dito que é o que se diz quando se disse
o que se queria dizer. Disse!
Pronto ! Aqui tendes. Nunca sois obrigados a chegar ao
fim do que não gostais.
Mas se aqui chegastes, espero que não vos sintais
frustrados e, menos ainda que penseis que vos quis deixar uma lintcheira.
XXXXXXXXXIIIIIIIIIIIIIIIIGGGGGGGGGGGGGGRRRRRRRRRRAAAAANNNDDDEEE
5 comentários:
Como sempre uma leitura aprazível e interessante. Interessante mesmo teria sido uma descrição a rigor duma ida (bastava uma) à festa da Senhora da Baságueda, amanhã é o dia da dita.Falar das cavalgadas no burro, a passagem pela ribeira cheia de água, das merendas debaixo dum chaparro, da algazarra dos espanhóis, falar das espanholas... e de muitas outras coisas que deves guardar no sótão da tua memória. Muito bem hajas. Um abraço. Manuel Joaquim
Julgo ser o texto mais longo que li no Baságueda.
Colossal a segunda parte.
Merece uma segunda leitura para apanhar mais qualquer coisita.
Efectivamente, revisitação com Grande preocupação. Eu que sou um optimista, nada escatológico e que com pouco fico feliz, já dou, por vezes, comigo a pensar e a temer pelos vindouros...mas, quero crer que estamos mias numa fase de transição, mudança de ciclo,...a ver vamos. Bem haja por mais este texto. Sempre a dar trabalho ao Tico e ao Teco.
É a minha segunda tentativa de dizer quaLQuer coisa! mas não tenho a "minima" "inpotse" porque quando o absoluto existe! Lembra-me o principio de pedro ó lá como se diz lá na língua do gajo! Mas acho que já não consigo inventar nada que me faça "sequer" arranhar isto! Mas é por causa disto, que a nossa vida faz sentido! Quando se aposta todo o nosso querer em alguém assim! A vida custa menos um pouco!!!!!! OBRIGADO VITOR!
És corajoso, tens maneira de ser corajoso, sabes ser corajoso, podes ser corajoso, tens essa coragem, como sentimento, esse, aquele que te julga justo! Não o inventaste, foi por ti cozinhado, com todos aqueles ingredientes, que a vida, naquela Aldeia junto ao Basagueda, te ofereceu, foste experimentado, umas vezes degustando, outras cuspindo discretamente, apurando, nessa mente trabalhosamente ocupada, esses sabores, que poucos, cada vez menos, sabem degustar, os sabores que se sentem junto ao espelho, pela manha, quando mastigamos a nossa honestidade friamente! E isso, traduzir-se neste teu post! sabe tão bem, pra quem pode também sentir...! OBRIGADO, em meu nome... e de todos os amigos, que já partiram, mas tenho a certeza, estão ainda aqui neste Basagueda!
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