Porque ambos são mamíferos e pertencem à mesma espécie, homem e mulher apenas se parecem neste ponto: no bimbigo. Em tudo o mais são diferentes, e ainda bem. Não é por acaso que a natureza exige a comparticipação dos dois para uma reprodução considerada natural.
A grande causa é que um e outro dos géneros produzem hormonas diferentes. São estas hormonas que são os grandes mensageiros e a sua importância é tal que o cérebro, que em princípio as coordena, está intrinsecamente dependente delas.
Ludwig Feuerbach e independentemente de concordarmos ou não com ele - não é aqui o local para essa controvérsia - dizia que " o ser humano não pensa; quem pensa é o fósforo".
A divisão dicotómica vinda já dos pitagóricos e depois reforçada por Platão, dogmatizada pelo cristianismo, defendida por Descartes, polemizada em Kant, levada ao extremo com Hegel ... , a divisão em corpo e alma, matéria e espírito, mortal e imortal, temporal e eterno, finito e infinito, sei lá..., que de alguma forma Kierkggaard quis conjugar com o hiato ou intervalo de uma humanização da divindade na figura de Cristo, essa divisão, não faz sentido em Feuerbach. Aqui só o material faz sentido.
Em última análise, podemos dizer que o ser humano é complexo e multidimensional e já Morin em "O Paradigma Perdido" o explicava.
Face a tudo o que se vai sabendo, uma visão minimamente razoável do ser humano tem que considerar, no mínimo, uma série de dimensões que podemos simplificar num palavrão: o ser humano é um ser BIOANATOMOFISIOPSICOSOCIOCULTOECORELIGIOSO, isto é, nasce cresce, reproduz-se e morre, aparenta uma figura que nos permite distingui-lo de qualquer outro ser vivo, é constituído por órgãos com função específica, mormente, dotado de um córtex cerebral único, reage a emoções, vive em sociedade no seio de um meio ambiente de que ele faz parte integrante, como bem escreve Karel Kosic, e é o único que criou um Ser transcendente a quem recorre e adora...E mesmo assim não o esgotamos. Alexis Carrel disse bem quando escreveu que o Homem (é) Esse Desconhecido.
Sem presunção de qualquer espécie, podemos reduzir este elemento da natureza a três características fundamentais: o ser humano é FÍSICO, QUÍMICO E ELÉCTRICO. Cá volta o nosso Feuerbach !
Físico, porque tem um organismo, ritmo cardíaco, metabolismo complicdo, temperatura organísmica,..., químico, porque mais de dois terços da sua composição é água e depois é cálcio, ferro, potássio. sódio, magnésio, fósforo, pois claro,... e eléctrico porque a sua relação com o mundo e consigo mesmos depende de influxos nervosos que mais não são que circuitos eléctricos de vai-vem com carga positiva e negativa nas células nervosas que se polarizam e descarregam em intervalos de um cinquenta avos de segundo...Quem regula isto tudo? a hipófise, pois, e o hipotálamo, e a amígdala e o simpático e o parassimpático, e... as hormonas.
Se é verdade que não há um homem cem por cento masculino, nem uma mulher que não tenha traços de masculinidade, - afinal o pai determinou o género sexual com o gâmeta veiculado no espermatzóide vitorioso na corrida para a fecundação e a mãe, salvo casos especiais, gerou-o durante trinta e seis semanas - . Cada um de nós é assim de dois e temos marcas dos dois, embora sejamos diferentes de cada um deles.
Ora o que distingue um ELE de uma ELA são as hormonas que cada um produz: ele testosterona, ela estrogénios e progesterona. As outras não vêm aqui ao caso, porque são estas que fazem com que cada um deles, em regra, nasça com um sexo definido, que permite à parteira dizer «é menina» ou «é menino» e isso faça toda a diferença.
A sociedade tem normativos comportamentais para o menino e para a menina e a natureza, ela própria, atribuiu-lhes missões diferentes.Por isso é que só são iguais no bimbigo!
Não é hoje dia de nos determos nesses normativos, mas sempre vos digo que todos temos tendência para só olharmos para o nosso bimbigo e mesmo os gémeos já lutam no ventre materno para cada um ocupar o melhor lugar, empurrando o outro para o pior lugar no meio intra uterino.
Somos todos muito vaidosos e só narramos peripécias em que nós e o nosso bimbigo saiam por cima.
E pronto... Deixo-vos a olhar para o vosso umbigo e porventura a desdizer do meu .
XXXXXXXXIIIIIIIIIIIIIGGGGGGRRRRRRAAAAAANNNNNDDDDDEEEEEEEEEEE
2 comentários:
Changoto disse e disse muito bem, na minha opinião!
Um abraço do pratitamem!
Um abraço pro pratitamem! Bebéu, bébeu, mil estrelas nesse luar, fora de via lactea, nesse universo onde sempre vivi com o meu a amigo João Luís! nesse mundo onde fazia-mos estrelas...neste basagueda igual à corrente do rio que tomou, sempre igual a todas as coisas, que perdem a juventude e ficam assim, sempre a viver dessa agua parada, já sem nada de novo e a viver desses com. que já nem existem.... Tens que mudar de discurso, cassenão o rio morre. Tenta, falar da Aldeia agora, para ver se ela não morre, antes do fim desse livro de estórias, onde o protagonista, nunca morre!
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