Individualmente, uma pessoa aprecia relembrar algumas datas importantes na vida. Não pretendo ir a determinados pormenores como o dia da primeira comunhão (só me lembro de levar uma fitinha branca, mas tenho ideia de que foi bonito), ou o dia da conquista da primeira namorada (quer o dia quer a cachopa estarão algures numa pasta oculta do meu disco rígido, deixa-as estar) ou até o dia da primeira vez (não me lembro o dia certo, mas recordo a circunstância o que vai dar ao mesmo). Mas há outras datas que uma pessoa já tem bem assinalado no mapa mental dos eventos importantes e dignos de comemoração, quanto mais não seja porque a dita comemoração, invariavelmente, mais não é do que um pretexto para uma comezaina (uma excelente forma de comemoração, convenhamos). Ele é o aniversário propriamente dito (o da esposa convém ser mais importante do que o nosso), o de casamento, o dos filhos... Depois não desdenhamos as oportunidades de outros calendários, como o dia da sementeira das batatas, do Senhor S. Bartlameu, da vindima, da matança do porco, do Natal, dos piqueniques na Senhora do Incenso, e na Senhora do Bom Sucesso... Alimentando-nos de pipis, moelas, filhós, ovos verdes e pataniscas, alimentamos e reforçamos a nossa identidade individual, familiar e até nacional.
É aqui que entra o 25 de Abril. A trajectória da nossa identidade nacional teve ali um acerto. O mais decisivo acerto do Século XX, a par do fim da monarquia, atrevo-me a defender.
Como em relação a outros acontecimentos, existem simbolos intrínsecamente associados, existem protagonistas sem os quais o acontecimento não o teria sido. Refiro-me ao cravo vermelho, e aos capitães de Abril.
Isto só para declarar solenemente que não apreciei ver alguns senhores deputados da Nação prescindir do simbolo de Abril, incomodou-me que o Presidente da República, ele, o responsável mór no que toca a identidade nacional, ostentasse o seu desprezo por um simbolo com o significado do cravo vermelho. Não apreciei igualmente ver a passividade dos senhores deputados da direita parlamentar na referência que o Presidente da Assembleia fez aos capitães de Abril.
Aproveito a oportunidade que este blogue me dá para declarar solenemente o meu apreço pelo 25 de Abril e o cravo vermelho. Espero que este singelo acto seja suficiente para me distinguir dos senhores deputados da direita parlamentar e do Senhor Presidente da República Portuguesa, no que concerne à sua valorização e ao seu reconhecimento (do 25 de Abril) para a identidade nacional.
(Ah! também gostaria de declarar solenemente a minha divergência para com o Sr Alberto João).
13 comentários:
Apoio plenamente!
Claro, Changoto. Mas e eu vivi isso com sete anos, os irmãos, e a irmã, máis ´velhos, eu a ouvir, todos usam, mas isso é o quê? A obrigação da "Burca"? ou a Ditadura do simbolo. Fico mais preocupado, por via dos jovens, não saberem o que foi o 25 de Abril. Ex- Aluno de Salgueiro Maia, Said.
Tive um Tenente, ex-Furriel, depois foi á academia, já era tenente. Nós "Melecianos" os perigosos? 1990. Messe de Sargentos, estáva cheia. Os gajos do Salgueiro Maia, ficaram numas instalações, na verdade boas,. Mas muito "longue" da messe de sargentos? Faziamos - a Lerpa na boa o soldado de dia no bar de Sargentos ia lá levar a garrafinha. às vezes três ou mai, quando davamos Curso a novos Furrieis, eram cinco. OU mai tudo doutores! Fomos os ultimos `não doutores. Às vezes o Tenente-Coronel,(Salgueiro Maia) Chamava lá um ou outro e dizia, ò rapaz, o que é que se passou? Ó Meu Coronel, era só um soldado com a cóia, está resolvido. Vê lá ´
o rapaz! SE Quizem ler Leiam. Eu ando a ler Há 18 anos. E um dia vou morrer.
Meu Amigo Karraio, o Alberto João é o resultado, das nossas "experi^^encias", mal feitas, com este nosso mau feitio, de largar, desde os tempos da dita dura, tudo o que é mau vai pra "000longe" Nunca estive lá, já estive nos açores, adorei as pessoas. Ás tantas as pessoas da madeira ainda são melhores do que as de uma beira, baixa ou alta. Agora elas são desde o 25 de Abril de 74, livres, nunca foram foi pessoas, pra ler de forma livre, ler não nos livros, no diabo que as "carrega", isso, ler o jornal do mundo. Mas e a net. Está quaze, está quaze! Qualquer dia vou lá.
1990, foi um ano, muito bom. Antes de tudo, eram 400 furriéis, ficaram lá só 26. Pois isso chama-se os torneios de futebol nas Aguas, na Aldeia, mais o facto de eu saber umas merdas. E muito Importante, o mais importante, viver até aos 18 no Bairro do Cabril.
Pois na Aldeia do Bispo, não havia o bairro da EDP. Havia e há várias classes. No Bairro da EDP, só havia uma classe.
A minha terra, fica assim entre dois mundos. Porque não três, porque não zero. Porque não, diz que não. Ok pode ser. Por mim tudo bem. Diz que não. Essa agora? tudo pronto, diz que não! Bem. bemm bemm, é a minha não é? ainda não, Tá bem já percebi! Não, meus amigos, agora é a minha vez de falar. Bem eu na verdade, sou o único que pode falar por vós, se virem bem, eu sou o único, que bem vistas as coisas, nunca vos abando-nou, estive sempre aqui, pro e pro vosso, convivio, eu sei que ainda, sou o melhor até alguem provar o contrário? logo ando a ficar enjoado. Isto assim, nem tem piada. Vá lá inventem. SE não fico um pouco velho. Sois todos Iguais. sacanitas, gostais tanto como eu. Quem Vos compra!
Claro sem IVA, amigo lapaxeiro. Mas com UMA CONTRIBUIÇÃO pro CFL, prá aldeia. Eu e o Karraio organizamos! Tipo O reencontro dos Pink. Neste caso os da Aldeia. Eu e o karraio tratamos de tudo. Pensa nisso. Posso fazer de agente, os contactos e tudo. Ele não sabe, mas eu tambem ponho o licas a cantar. Pensa nisso amigo, se tiver que ser, só pode ser agora"
Pode ser sempre, verdade, pra mim sempre, mas agora acho que a juventude ainda ia gostar mesmo. Agora.
Matraquilhos. Bem bem, por esta não esperava eu, uma coisa é a nossa "arteriosclorose", deixar de proteger a nossa vaidade latente, ( nós todos ). Outra coisa bem diferente é esta tentativa de corrupção, que eu admito honesta, mas que a minha própria familia há muitos anos deixou de fazer, por via da minha reacção secundaria. Isto é muito mau, julgo que vai dar exclusão. Já não tenho idade pra "bibelos" Eu sei que é mau, mas tirando os dias de ressaca, sempre que me olho no espelho ele sorri pra mim. E vai ser sempre assim, enquanto ouver ressacas e espelhos.
Foi mesmo a medalha, de quem diz, ( só chegei ás 7 da tarde ), mas depois "ficei" no bar sozinho e a organizar até ás onze da noite. A medalha foi por ter aparecido? e claro não cagar no assunto, que normalmente quando chego, já não tem ponta... ou o quinto ou sétimo lugar, que eu mais o meu amigo Karraio tinha-mos certamente.- eram 26 equipas. E as taças bonitas. Mas não tão bonitas como a tua familia, isso não, concordo.
Espero que esse lugar onde os levaste, tenha sido ainda melhor, do que essa impossibilidade, de arriscar, jogar comigo, na prespectiva, dessa ainda, placa de gelo, que alguem que por via "da pouca idade", mantem, não em gelo, mas num tabu, que só existe, nessa cabeça GELADA, mas que ao fim e ao cabo, mexe com amizades de sucesso, coisa muito grave quando, se trata de amizades de sucesso. Assunto tão grave, cuja vontade, se transforma em preconceito, "Quase" o som das palavras, o jeito, da coisa, sobretudo ( só visto a este nivel ) o subconsciente com vós activa, mesmo a falar. uma paLAVRA OU OUTRA ENTRE AS FRASES, mais ou menos formais, desse telemóvel com o numero de sempre. Fico aterrorizado, Juro, fico em casa não ganhei, mas na verdade perdi. E isso não pode ser. Eu só tenho um jogo e esse só ganho se tiver amigos como tu. È o único jogo da minha vida que jogo pra ganhar, esse o da amizade.
Difícil, caso seja novidade pro leitor, ou coração jovem!!!
Essa coerência, relativamente à Ilha da Madeira, só pode ser coerência absoluta! Coração livre é coração honesto, sendo como é claro minimamente conhecedor, do que opina!!! neste jogo, a honestidade, tem me feito somar pontos!!!Mas não sou Santinho, mormente seja Virgem de signo, haverá incoerência? Difícil ou improvável? Bem, a acontecer, será engano!
Abril 2018.
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